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Paulo Roberto Santos muito além do futebol; assista aos vídeos


Paulo Roberto Santos completará 30 anos de carreira em 2018, mas não terá muito tempo para comemorar. A agenda do treinador do São Bento estará um tanto ocupada nesta temporada com dois grandes desafios: comandar a equipe sorocabana na elite do Campeonato Paulista e na Série B do Campeonato Brasileiro. 

Serão 12 partidas, no mínimo, durante o estadual. A primeira acontece nesta quarta-feira (17), contra o São Paulo, no Estádio Municipal Walter Ribeiro. Caso o São Bento avance à decisão, o calendário será alongado com mais seis jogos até 8 de abril. 

Seis dias depois começará a Série B, com um roteiro bem mais longo. O time de Sorocaba terá 38 confrontos na segunda divisão do Brasileiro, distribuídos em 11 estados do País e previstos para terminar somente em 2 de dezembro. 

Nesta conversa, ocorrida em dezembro de 2017 no gramado do Walter Ribeiro, Paulo Roberto Santos aborda a diferença de qualidade entre clubes brasileiros e europeus, conta detalhes de uma viagem à Coreia do Norte e da longevidade no cargo de treinador em um mesmo clube. Ele também toca em assuntos espinhosos, como a fama de retranqueiro e o seu posicionamento político, e fala do apelido de Luxemburgo do Interior conquistado dentro do futebol.







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Paulo Roberto jogou futebol profissional como lateral-esquerdo. A posição foi definida durante um teste nas categorias de base do Botafogo, do Rio, sob o comando do saudoso Manoel dos Santos Victorino, o Neca, conhecido por revelar vários atletas no Rio de Janeiro. 


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Sempre pela esquerda, às vezes improvisado como meia, Paulo Roberto rodou o País como atleta de futebol. Vestiu as camisas do América e Bonsucesso, no Rio de Janeiro, Moto Club e Sampaio Corrêa, no Maranhão, Galícia e Itabuna, na Bahia, Criciúma, de Santa Catarina, Club Sportivo Sergipe e Confiança, de Sergipe, e Flamengo Esporte Clube, de Minas Gerais.


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O término da temporada 2017 marcou o número de 100 partidas oficiais de Paulo Roberto Santos à frente do São Bento. São 43 vitórias, 35 empates e 22 derrotas. 

Nesse período, Paulo Roberto Santos deixou de treinar o time em duas ocasiões: contra o São Bernardo na Série A1 de 2016, por estar enfermo, e no jogo de volta contra o J. Malucelli, pela Série D de 2016, devido a uma suspenso. Em ambos os casos, o São Bento foi comandado por Luizinho Rangel. 

Paulo Roberto é o segundo treinador que mais dirigiu o São Bento em partidas oficiais. O primeiro é Wilson Francisco Alves, que comandou o clube 240 vezes, com 87 vitórias, 59 empates e 94 derrotas. 





O treinador chegou ao São Bento em novembro de 2013 para montar o time que disputaria a Série A2 em 2014. Afastou-se do clube no segundo semestre de 2014 e de 2015 para treinar o São Caetano e o Guarani, respectivamente, enquanto o time sorocabano participava da Copa Paulista.

Na Série A2 de 2014, Paulo Roberto ajudou o São Bento a conquistar o terceiro lugar e o acesso à elite do futebol paulista. No ano seguinte, terminou o estadual na 10ª posição e, em 2016, o treinador deixou o clube sorocabano em terceiro na primeira fase e em quinto no final da competição. 

A boa campanha no Paulistão de 2016 deu ao time uma vaga no Brasileiro da Série D. O São Bento manteve o bom futebol, terminou a competição em terceiro e alcançou o acesso à Série C. 

No ano passado, a temporada do São Bento também rendeu frutos. O time foi 12º colocado na Série A1 e, no Brasileiro Série C, acabou em terceiro na classificação geral. 


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Os números mostram que Paulo Roberto Santos caracteriza-se por montar times com um sistema defensivo sólido. O São Bento teve a defesa menos vazada na Série A2 de 2014 e a segunda melhor no Paulistão de 2016. 





No ano passado, o time sorocabano foi o que menos sofreu gols entre todas as equipes das quatro divisões do Campeonato Brasileiro, com 11 gols sofridos em 22 partidas. Os dados são do pesquisador Guilherme Feliciano.


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Na campanha eleitoral de 2016 para a Prefeitura de Sorocaba, Paulo Roberto Santos demonstrou apoio ao candidato Raul Marcelo (Psol). Na ocasião, ele chegou a gravar um vídeo exibido no horário gratuito eleitoral. “Compartilho com a mudança, a alternância no poder e a oxigenação na política de Sorocaba”, disse, durante o seu depoimento.







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Geralmente, quando o time pequeno é prejudicado contra uma equipe grande, o árbitro é chamado de tendencioso. Quando um clube grande é prejudicado diante de um pequeno, o juíz é chamado de ruim. Baseado nessa máxima do futebol, Paulo Roberto Santos fala sobre o atual nível técnico da arbitragem brasileira e lembra situações recentes, que prejudicaram o São Bento, entre elas o pênalti marcado no atacante Jô na estreia do Paulistão de 2017. 







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Antes de treinar o São Bento, Paulo Roberto Santos comandou o Atlético Sorocaba. Em 2010, ele participou de uma excursão com o clube sorocabano para a Coreia do Norte -- considerado um dos países mais fechados do planeta. 







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Há um ditado no futebol: o que acontece no vestiário fica no vestiário. Paulo Roberto conta a história de uma briga entre jogadores logo após a partida. 







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Paulo Roberto Santos aproveitou para comentar a final do Mundial de Clubes, entre Real Madrid e Grêmio, e falou sobre a diferença técnica entre o futebol brasileiro e europeu. 







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Paulo Roberto Santos aproveitou para comentar a final do Mundial de Clubes, entre Real Madrid e Grêmio, e falou sobre a diferença técnica entre o futebol brasileiro e europeu.