SOROCABA E REGIÃO

Assembleia discute a terceirização do CHS


Um grupo de cerca de 60 funcionários do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) faz, na manhã desta quarta-feira (14), uma assembleia em frente à portaria do hospital sobre o a terceirização da gestão da unidade, que foi anunciada recentemente pelo governo estadual. Segundo André Antônio Fonseca Diniz, diretor regional do SindSaúde, que representa a categoria e organiza a assembleia, também está na pautaa definição de 3,5% de aumento salarial para os funcionários da saúde estadual, índice que foi aprovado nesta terça-feira (13), na Assembleia Legislativa Estadual.

De acordo com o diretor do sindicato, os cerca de 1,5 mil funcionários do CHS temem que a terceirização possa acarretar prejuízos a categoria, visto que não houve diálogo do governo estadual, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, com os trabalhadores até o momento. "Nós soubemos disso pela imprensa e estamos preocupados com a terceirização, pois não sabemos como a Organização Social de Saúde (OSS) irá gerenciar o CHS e muito menos como ficará a questão dos trabalhadores daqui", disse.

André afirma ainda que o reajuste aprovado para a categoria da saúde ficou abaixo da educação, que conseguiu um índice maior, em torno de 7%. "Há anos que não temos aumento real de salário, que os trabalhadores convivem com os problemas frequentes de falta de materiais e insumos no CHS, além da carência de profissionais, o que acaba afetando o atendimento à população".

O diretor disse ainda que o sindicato irá buscar abrir diálogo com o governo estadual, no sentido de saber como será feita a gestão do complexo hospitalar por meio da OSS que será contratada. "O governo estadual afirmou que não haverá demissões, pois os funcionários são concursados, mas não sabemos se poderão ser transferidos ou quais medidas poderão impactar a vida dos trabalhadores, como a diminuição da insalubridade e o fim dos plantões extras", afirmou.

Eficiência

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, estudo recente da pasta estadual apontou que os hospitais gerenciados por OSS se destacaram, em relação aos de administração direta, na eficiência e no custo-benefício do atendimento à população usuária do SUS (Sistema Único de Saúde). Nos hospitais de OSS, em 2016, segundo o Estado, o custo por internação foi 25,9% inferior ao dos hospitais da administração direta. O tempo médio de permanência de pacientes nos hospitais geridos por Organizações Sociais foi 20,1% a menos do que nos da direta.

A Secretaria enfatizou também que os hospitais gerenciados por OSS, como está sendo proposto no CHS, continuam sendo públicos, o patrimônio permanece sendo do governo e o atendimento é 100% feito pelo SUS. Diz que a decisão em nada altera a situação dos atuais funcionários do CHS, que manterão suas remunerações e a estabilidade prevista pela legislação do funcionalismo público. Os direitos dos funcionários serão plenamente garantidos e terão estabilidade preservada.