Prédio de antiga padaria preocupa a vizinhança

 
O prédio que abrigava a padaria Sabina, em Santa Rosália, tem gerado preocupação por parte dos vizinhos. Fechado desde o dia 2 de janeiro, o imóvel permaneceu cerca de 40 dias com uma grande quantidade de alimentos deixada em seu interior, o que provocou mau cheiro e proliferação de insetos. Passada essa etapa, com a limpeza do local no início de fevereiro, agora os problemas têm sido a falta de segurança e a facilidade de acesso ao interior do prédio, além da sujeira espalhada pela calçada.

O imóvel tem portas de acesso pela avenida Pereira da Silva e pela rua Santana. Pelas duas ruas os vizinhos já viram pessoas entrarem. A situação piorou a partir do final da semana passada, quando a porta principal do prédio precisou ser desmontada para que equipamentos fossem retirados do local. O trabalho demorou vários dias e o imóvel permaneceu sem portas. Segundo a advogada Valéria Bazzo, representante dos proprietários da padaria, que já abriu pedido de falência, a retirada dos equipamentos foi determinada pela 2ª Vara Cível de Sorocaba, em razão de uma ação de despejo que também corre na Justiça. Todo o material faz parte de um passivo que será usado, segundo a advogada, para pagamento dos créditos trabalhistas.

Forno

De acordo com funcionários que trabalhavam, na tarde de ontem, na retirada e transporte dos equipamentos, houve tentativa de isolar a entrada principal do prédio, porém todas as manhãs era possível perceber que pessoas haviam estado no local. Eles relataram que um segurança chegou a permanecer no imóvel durante os últimos dias e que a retirada da porta principal foi necessária para que um grande forno pudesse ser transportado. O vão seria fechado novamente ao fim dos trabalhos de ontem. "Eu vi pessoas saindo com sacos na mão. Isso sem contar a grande quantidade de lixo espalhado na calçada", reclamou uma vizinha, que preferiu não se identificar.

No entorno do prédio podem ser encontrados restos de alimentos, que ainda causam mau cheiro, e até documentos e correspondência dos antigos empresários. Segundo a advogada, a expectativa é de que as chaves do imóvel sejam entregues hoje ao proprietário, que passará a ser o responsável pela manutenção do mesmo -- que deve passar por uma reforma.