Transporte público é retomado em Sorocaba
Atualizado às 20h47
A paralisação do transporte público de Sorocaba foi encerrada por volta das 20h20 desta segunda-feira (14), quando acabou a assembleia realizada pelo sindicato da categoria no Parque das Águas. A retomada do serviço deve ocorrer de maneira gradual.
Na assembleia, os motoristas decidiram retornar ao trabalho. Eles também resolveram que, em caso de novas situações consideradas como sendo de assédio, irão paralisar os trabalhos. A paralisação desta segunda-feira durou cerca de três horas e causou transtorno à população, que ficou sem transporte público no horário de pico.
Os motoristas se reuniram no Parque das Águas. O transporte especial seguiu funcionando normalmente.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e região, a paralisação foi uma resposta ao prefeito José Crespo (DEM). A entidade alega que Crespo teria "intimidado" nesta manhã motoristas da linha 31-Cajuru. Segundo informações apuradas, de fato, Crespo teria advertido alguns motoristas que não estavam parando nos pontos. Em nota, a Prefeitura afirmou que o prefeito "apenas cobrou que o motorista parasse nos pontos de ônibus para atender os usuários do transporte coletivo, como é seu dever, e disse que vai fiscalizar novamente." Ainda de acordo com o Paço, Crespo determinou que a Urbes adeque o volume de ônibus na linha do Cajuru.
Centenas de ônibus ficaram estacionados ao longo da avenida Dom Aguirre, onde também havia um carro de som. Viaturas da Polícia Militar e agentes da Urbes estiveram no local.
O vice-presidente do sindicato e vereador Francisco França (PT) alega que o prefeito teria ameaçado demitir por justa causa motoristas de ônibus da linha Cajuru, que não conseguiam parar nos pontos.
França diz que o problema ocorre pois a Urbes — empresa pública que administra o sistema — diminuiu a quantidade de ônibus no sistema, o que tem provocado lotação especialmente na linha que atende ao bairro Cajuru. Segundo o sindicalista, a mobilização ocorre para defender os trabalhadores.
De acordo com França, a escolha do horário para a mobilização — que é um período de pico de passageiros — ocorreu porque as negociações para o protesto foram realizadas ao longo do dia.
A situação foi crítica também nas imediações do Terminal Santo Antônio. Por volta das 19h, manifestantes interditaram as duas faixas da avenida Afonso Vergueiro. O trânsito foi liberado logo depois.