SOROCABA E REGIÃO

Vereadores pedem estrutura da UPH Leste na Santa Casa


Com o provável fim do convênio entre a Prefeitura e o BOS para a gestão da UPH da zona leste, os vereadores sugerem que o valor pago à entidade seja destinado à Santa Casa de Misericórdia. O anúncio de que o contrato não será prorrogado foi o assunto do dia nesta terça-feira (15) na Câmara Municipal, sendo alvo de inúmeras críticas de vereadores tanto da base quanto da oposição. Vários deles defendem que, caso a medida venha a se concretizar, o ideal seria repassar o dinheiro investido na unidade à Santa Casa e voltar o atendimento para o hospital. A UPH leste tem um custo anual de mais de R$ 33 milhões.

A sugestão foi apresentada pelo vereador Hélio Brasileiro (MDB), que se disse preocupado com a notícia do fim do convênio entre a Prefeitura e a Organização Social (OS). "A maneira mais fácil de resolver é investir esse dinheiro na Santa Casa. Implanta-se esse pronto-socorro lá, onde tem terreno e área construída", sugeriu, fazendo menção ao direcionamento da estrutura hoje existente na UPH para o hospital administrado pela Irmandade. A ideia foi defendida também pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Renan Santos (PCdoB), que criticou o possível fim do convênio, mas disse crer na gestão do serviço com um custo menor pela Santa Casa. "Não é razoável, num momento onde faltam leitos e atendimentos na cidade, no auge da sua genialidade, a secretária de Saúde ou o prefeito acharem que devem encerrar o contrato".

Diante da informação de que o motivo para o fim do convênio seria a impossibilidade legal de uma prorrogação dados os cinco anos de contrato vencidos, alguns vereadores citaram brechas que preveem a permissão para a manutenção de acordos além do prazo legal em casos de emergência. A extensão do contrato foi recomendada, entre outros parlamentares, pelo ex-líder do governo, Fernando Dini (MDB), além de Francisco França (PT). Quem também demonstrou preocupação com um possível fechamento da UPH foi Silvano Júnior (PV). "Estão brincando com a população. Fechando uma UPH vão sobrecarregar todas as outras. Não entendo o que passa na cabeça desse povo", criticou.

Só na quinta

Com as discussões voltadas para a polêmica do fim do contrato entre Prefeitura e BOS, os projetos da pauta ficaram em segundo plano na sessão de ontem. A única aprovação do dia ficou por conta de um projeto de Hélio Brasileiro que institui a semana municipal de conscientização sobre o perigo do sono ao volante e durante o trabalho. Os demais projetos têm votação marcada para amanhã, quando também haverá sessões extraordinárias para a apreciação da proposta que obriga todas as Parcerias Público-Privadas (PPPs) da Prefeitura a passar pela aprovação da Câmara.