Rota do Equilíbrio

Como lidar com a vontade de doces na dieta low-carb

Hoje nós vamos falar sobre como lidar com a vontade de doces que pode surgir durante uma dieta, especialmente uma dieta low-carb.

Em primeiro lugar, lembre-se de que é completamente normal ter vontade de doces.

Pois essas vontades ou cravings  (desejos intensos) são sentidos por muitas pessoas.

Especialmente quem costumava seguir uma alimentação como a dieta ocidental padrão (na qual é comum a ingestão de 200 a 300 gramas de carboidratos líquidos por dia)  — e na qual não costuma ser visto como malefício o fato de que uma parte desses carboidratos venham na forma de comidas de sabor adocicado.

Mesmo que muitas vezes esses alimentos não pareçam “sobremesas” reais  — como frutas ricas em carboidratos (comer 4 bananas por dia tende a ser visto como algo saudável) ou alimentos industrializados ricos em açúcar (iogurtes desnatados com mel e barrinhas de cereais, por exemplo).

(Inclusive, fizemos uma lista de 9 alimentos que fingem ser saudáveis mas não são.)

Sendo que essa vontade não parece diminuir quando fazemos uma dieta “tradicional”, de pura e simples contagem de calorias.

Até porque quem segue essas dietas sabe que costumamos passar fome, e sentir os desejos por doces apenas se intensificando.

Porém, quando uma pessoa faz a dieta low-carb, ela tende a regular mais sua insulina.

Além de sentir menos fome, melhorar sua pressão arterial, dentre outros benefícios.

E, com tudo isso, essa essa vontade de doces tende a desaparecer (ou no mínimo diminuir) de maneira natural depois dos primeiros dias em uma alimentação low-carb.

Aliás, já podemos inclusive dar de antemão esta dica “bônus”.

O fato de que muitas pessoas relatam ter menos vontade de doce numa dieta cetogênica  — isto é, numa dieta bem baixa em carboidratos.

Por exemplo, nós já recebemos por e-mail relato de pessoas que seguiram a cetogênica de maneira perfeita por um mês  — ficando duas, três semanas sem doce.

E elas falaram que, durante essas duas ou três semanas, foi bastante sofrido.

Mas, depois desse período, essas mesmas pessoas simplesmente não sofreram mais com isso.

Enquanto outras relatam que, depois de uns dez dias sem comer doces, já não sentem mais falta deles.

Este é inclusive um dos truques do chamado biohacking da dieta.

Sendo assim, podemos concluir que, depois dos primeiros dias de dieta, a vontade de doces tende a diminuir.

Entretanto, como lidar com esse desejo por doces nos primeiros dias de dieta  — quando ele ainda está lá no alto?

O que não podemos fazer é comer doces cheios de farinha de trigo e açúcar nestes dias —  porque, se fizermos isso, simplesmente nunca vamos sair dessa fase mais “compulsiva”.

(Sendo que por esse motivo não recomendamos que seja feito um dia do lixo, ou mesmo refeição livre, para que esses desejos não sejam reativados logo nessa fase de transição mais complicada.)

Sendo assim, nós separamos para você três dicas que nós, pessoalmente, adotamos para lidar com essa vontade de doces  — e que consideramos particularmente efetivas.

Dica #1  — Apostar Em Bebidas Saborosas

A primeira dica consiste em usar bebidas saborosas em substituição aos doces.

Isto porque, conforme aprendemos lendo o livro O Poder Do Hábito, muito mais fácil do que eliminar comportamentos ruins é substituí-los por comportamentos bons.

Isto é, de maneira resumida: substituir um comportamento (“rotina”) que você teria em determinada situação (“gatilho”), de modo a obter uma sensação boa (“recompensa”).

Desse modo, muito mais fácil do que simplesmente não comer nada no lugar do doce naquele momento pós-refeição, por exemplo, é você adotar alguma bebida que se encaixe na low-carb.

Vamos listar agora algumas opções altamente populares.

O café (sem adoçar) é uma opção muito comum  — e ele não faz mal à saúde, a despeito do que algumas pessoas possam acreditar.

Sendo que ele tende a ser preferido durante a manhã (no café da manhã, por exemplo) ou após o almoço.

Pois tendemos a evitar o consumo de cafeína à noite, para não prejudicar uma boa noite de sono.

Neste caso, podemos optar por chá sem cafeína, como camomila, erva doce, e outros.

O chimarrão é uma opção popular no Sul do Brasil  — e seu irmão gelado, o tereré, em partes mais quentes do nosso país.

A água saborizada também é fácil e refrescante  — veja aqui como fazer água saborizada.

Ou mesmo o kefir  —  que pode ser batido com morangos, por exemplo, e ainda ficar bem baixo em carboidratos.

E ainda existe a opção de se tomar uma taça de vinho (de preferência vinhos secos, que são mais baixos em carboidratos).

Pois um relato que ouvimos foi o de pessoas que tinham o costume de comer sobremesas após o jantar (e nunca era “só um” bombom).

Mas que substituíram esse hábito por uma boa taça de vinho para ajudar a relaxar  — e conseguiram com isso passar por essa fase de transição para a dieta low-carb.

Na qual a vontade de doces tende a atacar loucamente.

Só que essa ideia da taça de vinho é um pouco menos incentivada do que as outras.

Primeiro porque ela tem algumas calorias (não é livre como as outras opções).

E segundo porque não queremos transformar seu vício em doces por vício em álcool.

Além do fato que muitas pessoas tendem a ficar “alegres” e com isso diminuir o seu poder de fazer decisões racionais  — ou seja, podem acabar tomando o vinho e comendo o doce depois.

Nesses casos, usar a nossa segunda dica pode ser simples e ao mesmo tempo efetivo.

Dica #2  — Escovar Os Dentes

Quando as pessoas escovam os dentes, duas coisas geralmente acontecem.

A primeira é que aquela vontade de doce muito grande que sentimos tende a diminuir naturalmente.

Isso se dá pela própria sensação de frescor da pasta de dente, do sabor de menta…

Muitas pessoas sentem essa experiência e relatam que isso ajuda a diminuir a vontade de doces.

E a outra coisa que acontece vem da mente das pessoas.

Porque elas associam a escovação com o final da refeição  — isto é, com parar de comer.

Nessa mesma linha, sabemos que alguns seguidores gostam de mascar chiclete (pois ele também pode ter sabor mentolado, e ser associado ao fim do período de alimentação).

Nós não achamos ideal mascar chiclete todos os dias, nem depender dele como uma muleta na sua dieta  — mas neste período de transição essa dica pode funcionar para muita gente.

Sendo que a dica de escovar os dentes tem ainda outra vantagem quando comparada ao chiclete.

O fato de que você já ia fazer isso de qualquer jeito…  certo?

E claro: depois de escovar os dentes você provavelmente vai ficar com preguiça de comer algo e ter de escovar os dentes de novo  — então este é mais um elemento a seu favor.

Aliás, este é um dos princípios mais úteis para criar novos hábitos e bons comportamentos: utilizar os gatilhos do seu ambiente a seu favor.

Por exemplo: se você mora num sobrado, você pode sair da sala de jantar ou cozinha assim que para de comer, para se colocar fisicamente mais distante dos doces.

(Idealmente você nem os teria em casa .)

E pode ser interessante já ter alguma atividade programada para logo depois da refeição, para que você possa logo subir as escadas, escovar os dentes, e fazer outra coisa, se distraindo.

Porque ficar no ambiente de alimentação (que seria onde você comeria o doce depois da refeição) só tende a reforçar esse desejo.

Então é bom se ocupar e parar de pensar em comida (e guloseimas) assim que possível.

Até porque, como nós gostamos de dizer: “mente vazia, oficina dos carboidratos”.

Sendo assim, se você não se ocupar, você vai ficar ali, parado, no lugar onde tem um monte de doces…

E com isso terá muito mais chance de sucumbir à tentação de comê-los.

Do que no cenário em que você encerra a sua refeição, escova os seus dentes e vai seguir com a sua vida.

Dica #3  — Recorrer A Doces Low-Carb

A dica #3 é a mais gostosa delas: porque envolve de fato comer doces!

No entanto, desta vez estamos falando de sobremesas low-carb.

Ou seja: já que você vai comer algum doce, é melhor você preferir aqueles que não têm trigo, que não tem açúcar refinado, e que são baixos em carboidratos.

E que fique claro: não é para você basear a sua dieta em doces.

E certamente não é para você comer sobremesas, mesmo que low-carb, cinco vezes ao dia.

A questão é consumir os docinhos low-carb numa frequência mais comedida e sensata.

E existem duas maneiras principais de consumi-los.

Na primeira, você faria uma receita (de brigadeiro low-carb, por exemplo) e comeria aos poucos ao longo da semana.

Por exemplo, ingerindo um brigadeiro ou dois depois do almoço em alguns dias.

Já na segunda maneira, você pode preferir deixar para fazer essa receita no final de semana…

E aí comê-la de uma vez, simulando aquilo que seria um dia do lixo.

Porém desta vez sem ingerir um monte de porcarias: em vez disso, você comeria apenas receitas low-carb, que estão mais alinhadas com a sua dieta, mas que são muito calóricas para consumir abundantemente.

Qual das duas maneiras vai funcionar melhor para você vai depender das suas predisposições naturais  — saber se você lida bem com a ideia de moderação, ou se é uma pessoa que não é tão controlada assim.

Apenas reiterando: a gente sabe que calorias importam, sim, no emagrecimento.

Por isso, nós não recomendamos você basear a sua dieta nesse tipo de alimento.

Até porque você sabe intuitivamente que comer doces o tempo todo  — sendo eles low-carb ou não — não é o que vai te ajudar a emagrecer.

Até porque têm muitas receitas lá no site que são bem compulsivas, como por exemplo:

- mousse de maracujá low-carb;
- bolinhos de caneca;
- queijadinha;
- doce de abóbora;
- paçoquinha;
- cocada;
- cookie;
- barrinha de prestígio

e muito, muito mais  (como o quindim que o Dr Souto comeu e aprovou) —  além das receitas que vêm no Box Low-Carb.

São muitas receitas boas!

Mas o segredo é não comê-las todo santo dia.

Porém, se você fizer uma por semana, você vai ter material para meses de dieta  — sem jamais enjoar da sua alimentação.

Uma dica bônus que nós podemos dar, ao lado dessa dos doces, que seria uma outra opção de sobremesa low-carb, são as frutas low-carb.

Por exemplo, muita gente teria essa vontade de doce saciada ingerindo um punhado de morangos, por exemplo, que é uma fruta condizente com a dieta low-carb e que, ainda por cima, é comida de verdade.

Ou seja: ganha, ganha, ganha.

Se você pegar esses morangos e acrescentar um pouco de creme de leite em cima, então, aí a sobremesa já está feita!

Conclusão

Essas foram as nossas três dicas para te ajudar a lidar melhor com a vontade de doces na low-carb.

A gente espera que você tenha gostado e que você consiga ter sucesso na dieta low-carb com as nossas dicas.

Se precisar de algo, mande um email para nós!

Pois ficaremos super felizes de conversar com você.

Basta escrever para [email protected] dizendo quais temas você mais gosta de ver a gente abordando.

Então a gente se vê na semana que vem!
Um forte abraço,
—  Guilherme E Roney.