Peugeot 408 ganha câmbio automático de seis marchas
A Peugeot sabe que a missão do 408 é difícil. Afinal, o sedã médio briga em um dos mais povoados segmentos do mercado brasileiro. Por isso, a fabricante precisava aumentar o poder de atração do 408. E foi direto ao ponto fraco para a linha 2014. O modelo que chega às lojas em outubro substitui o obsoleto câmbio automático de quatro marchas da motorização 2.0 por outro, mais moderno, de seis velocidades.
Com a mudança no conjunto mecânico, a Peugeot prevê um aumento nas vendas do 408 até o fim do ano. A marca espera que o sedã saia do atual patamar, com média de 500 unidades mensais, e chegue aos 600 emplacamentos por mês um crescimento de 20%, longe dos 1.500 carros que a Citroën espera do C4 Lounge e mais distante ainda da média do Toyota Corolla, que gira em torno de 4.500 licenciamentos mensais. Esse tímido aumento deverá ser puxado mesmo pela nova transmissão. Tanto que, nas previsões da fabricante, 60% do total de vendas deverá vir da Allure 2.0 equipada com o novo câmbio. Os 40% restantes serão divididos igualmente entre a de entrada Allure 2.0 manual e a configuração topo da gama, a Griffe THP. No mix atual, as versões correspondem a 50%, 30% e 20%, respectivamente
De acordo com a Peugeot, a transmissão automática, que antes era oferecida apenas na versão mais cara da linha, foi calibrada para permitir que o motor funcione a maior parte do tempo em baixas rotações. Com isso, a marca garante ter melhorado o consumo de combustível em relação à caixa de quatro marchas. E o desempenho também evoluiu com o câmbio de seis velocidades. Tanto que, na comparação com o 408 anterior, a aceleração de zero a 100 km/h ficou 1,4 segundo mais rápida, graças às relações mais curtas nas duas primeiras marchas. Já a transmissão manual de cinco velocidades, disponível desde o lançamento do carro, em 2011, continua em atividade apenas no modelo de entrada.
O trem de força se completa com duas opções de propulsores. O 2.0 flex entrega 143 cv de potência com gasolina ou 151 cv com etanol, sempre a 5.250 rpm, com torque máximo de 20,2 kgfm e 21,7 kgfm, respectivamente, a 4 mil rpm. Já o THP 1.6 a gasolina, oferecido apenas acoplado ao câmbio automático, chega aos 165 cv a 6 mil rpm e oferece torque de 24,5 kgfm na ampla faixa entre as 1.400 rpm e os 4 mil giros.
A Peugeot fez ainda algumas pequenas alterações na suspensão traseira, que tem eixo deformável e barra estabilizadora. As buchas de articulação foram trocadas, a exemplo dos novos calços no apoio das molas com a carroceria. A dianteira mantém o conjunto usado na versão anterior. O 408 passa a ter ainda pneus de baixa resistência ao rolamento.
Por fora, o 408 continua o mesmo. A identidade visual da Peugeot se destaca na frente pela ampla grade, com lâminas horizontais cromadas, os faróis "espichados" e arco cromado que envolve o leão, símbolo da marca. O perfil é um pouco mais conservador e não tem muitos vincos, assim como a traseira, onde o maior destaque está nas lanternas, com o efeito das três garras de um felino. O conjunto cria um sedã elegante, característica que as dimensões avantajadas 4,63 metros de comprimento, 1,81 m de largura e 2,71 m de distância entre-eixos ajudam a ampliar.
Além da nova transmissão, a versão intermediária, chamada de Allure 2.0 Automática, vem equipada com duplo airbag, freios ABS com EBD, trio elétrico, ar-condicionado bi-zone, piloto automático, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth, volante multifuncional, sensor de estacionamento traseiro, faróis de neblina e rodas de liga leve de 17 polegadas. A configuração sai por R$ 65.990. Abaixo dela está a Allure 2.0 Manual, que perde apenas as rodas de liga leve, substituídas pelas de 16 polegadas, e será comercializada por R$ 59.990. No topo da gama, aparece a Griffe THP, que soma airbags laterais e de cortina, controle de estabilidade, navegador GPS integrado, teto solar e rodas com desenho esportivo. O preço é de R$ 73.990. (Por Michael Figueredo - Auto Press)