SOROCABA E REGIÃO

Morador de Salto é preso em operação contra a pedofilia


Um morador de Salto, cidade pertencente à Região Metropolitana de Sorocaba, foi preso como suspeito de pedofilia em uma operação da Polícia Federal. O homem, cujos dados não foram revelados, foi encaminhado à Cadeia Pública de Pilar do Sul.



A chamada Operação Moikano teve início nesta terça-feira (30) com o objetivo de combater o compartilhamento pela internet de arquivos com imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes. Segundo Valdemar Latence Júnior, delegado da Polícia Federal de Sorocaba, a ação resultou na prisão de 28 pessoas em todo o País. Uma delas ocorreu em Salto.

A Polícia Federal também chegou a 50 suspeitos no Brasil e a 70 pessoas em outros países pertencentes a uma rede virtual de pedofilia. Todas as informações foram divulgadas nesta terça-feira (30) durante uma coletiva de imprensa.

A investigação foi iniciada em abril do ano passado. Na ocasião, foi preso em flagrante um homem que se apresentava nos grupos de compartilhamento de pornografia infantil, na internet, como Moikano.

A partir dos contatos desse investigado, descobriu-se uma grande rede internacional de compartilhamento de fotos e vídeos de abuso sexual com adolescentes e crianças. Durante a investigação, uma criança de 9 anos foi afastada de uma possível situação de estupro. O caso foi descoberto quando um dos investigados pediu orientações a outro sobre como abordar e conquistar a confiança da criança. Ele foi preso pela Polícia Federal antes de consumar o abuso sexual.

Cerca de 250 policiais federais passaram o dia cumprindo 81 mandados judiciais (50 de busca e apreensão e 31 de prisão preventiva), autorizados pela 1ª Vara Federal de Sorocaba, nos estados de São Paulo, Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal. Além disso, informações obtidas durante a investigação sobre os suspeitos estrangeiros foram repassadas para autoridades policiais de 11 países.


Os investigados responderão criminalmente, de acordo com suas participações, por armazenamento e compartilhamento de arquivos contendo pornografia infantojuvenil, bem como por estupro de vulnerável nos casos em que se confirmarem as suspeitas de abusos sexuais de crianças. Uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira deverá revelar mais informações sobre as prisões em Sorocaba. (com informações de José Antonio Rosa)