SOROCABA E REGIÃO

Ultrassonografia é importante para monitorar o desenvolvimento do feto






Se você tem 50 anos ou mais provavelmente durante a gestação que o trouxe a este mundo sua mãe não realizou o exame de ultrassonografia. Hoje corriqueiro, o procedimento só começou a ser aplicado no país para fins de diagnóstico, com mais ênfase na área obstétrica, nos idos de 1960 ou 1970.

Atualmente, equipamentos de última geração permitem um controle mais rigoroso e eficaz da gravidez, eliminando riscos e até evitando complicações mais graves ao feto e à mãe. A radiologista do Departamento de Diagnóstico de Imagem do hospital da Unimed Sorocaba, Cristine Norwig Galvão, conta que são três as ocasiões em que as avaliações se mostram necessárias.

Elas ocorrem invariavelmente na décima terceira, na vigésima sexta e na trigésima nona semana da gravidez. Segundo a especialista, esse total de consultas especializadas é mais do que suficiente. A ultrassonografia é o mecanismo que monitora o desenvolvimento do feto no útero.

Ele se presta, num primeiro momento, a constatar o estado do bebê; se ele está em posição fetal correta; se apresenta os órgãos vitais dentro da normalidade; se possui alguma deformação que poderá comprometer a vida futura (a má formação do cérebro, por exemplo); se os batimentos cardíacos estão dentro dos padrões (qualquer alteração pode indicar arritmias e outros problemas).

Todos esses e muitos outros indicadores podem ser aferidos a partir da análise, mas o encantamento (natural) proporcionado pela chegada da criança faz com que os pais ainda prefiram ver respondida aquela que consideram a mais importante das dúvidas: qual o sexo do bebê?

Bem, essa questão que envolve aquilo que em linguagem própria é chamado de idade gestacional, só pode ser elucidada lá pela décima quarta semana, o que implica dizer que é preciso ter paciência.

Aura de magia

A auxiliar de laudos Aline Aparecida Ferreira, 30 anos, está grávida do terceiro filho e se coloca como exceção à regra. "Procuro saber como está o bebê", afirmou à reportagem.

De acordo com Cristine, essa aura de magia e enlevo própria dos pais não chega a comprometer, mas reserva lances e passagens curiosos.

Os "estreantes", até em razão do nível de ansiedade, querem compreender o que acontece com o filho no período de nove meses que ele aguarda para nascer. Alguns estranham o fato de o feto se mostrar, por vezes "parado". "Pode acontecer de o bebê estar dormindo e, por esse motivo, não se movimentar. Não raramente pedimos às mães que andem para despertar o bebê". Logo, se ao observar a imagem na tela do aparelho você não vir o bebê se mexendo, não precisa ficar preocupado. O que conta é ouvir os batimentos do coração.

Outra situação que ganhou status de lenda: por mais alta que seja a resolução da imagem, não é possível, ao menos por enquanto, observar semelhança entre o feto e seus pais. "Já teve, sim, ocasião de pessoas que insistiram, movidas claro pela emoção, que o bebê naquele estágio era a cara do pai, a cara da mãe. Isso ainda não acontece", completa a especialista.