August Sander (1876-1964) - Retratando Trabalhadores
No dia 1 de maio celebramos o dia do trabalhador, não é o dia do trabalho, do emprego, subemprego, dos empreendedores ou dos denominados geradores de empregos. É o dia do trabalhador.
É um dia para refletirmos a importância do trabalhador, dos indivíduos que verdadeiramente constroem o mundo com seus esforços físicos e intelectuais. É o momento para pensar e colocar em prática ações para trazer dignidade a quem verdadeiramente produz.
Vivemos tempos difíceis, aonde se contesta muitos direitos adquiridos com tantas lutas históricas pela imensa massa trabalhadora, um movimento retrógrado e estranho na nossa história. Um estranho que não é novo.
Para homenagear todos os trabalhadores trazemos a vocês imagens do magnifico fotógrafo August Sander, que conseguiu capturar a essência e dignidade dos trabalhadores em seus retratos. E por este motivo foi criticado, perseguido e teve seu trabalho destruído pelo regime nazista.
A história parece se repetir hoje quase que nos mesmos moldes.
“Fotografia pura nos permite criar retratos que exibem seus temas com absoluta verdade. Se pudermos criar retratos dos temas que são verdadeiros, podemos assim criar um espelho dos tempos.”
Sander, nasceu em 17 de novembro de 1876, no seio de uma comunidade de mineradores e agricultores da Alemanha. Filho de um carpinteiro que trabalhava em uma mina, chegou também a trabalhar incialmente em uma mina de carvão. Local que lhe proporcionou o primeiro contato com a fotografia, auxiliando um fotógrafo da empresa.
Com apoio financeiro do tio iniciou sua carreira solo na fotografia, até estabelecer seu estúdio fotográfico na cidade de Lindenthal.
Ele é considerado um dos maiores fotógrafos do período entre guerras e um dos principais retratistas, principalmente por buscar a natureza, a existência das pessoas em todos os seus detalhes. Suas fotografias dizem muito sobre a história e a cultura alemã.
Suas obras foram classificadas em sete grupos: o agricultor; o comerciante hábil; a mulher; classes e profissões; artistas; a cidade e; as últimas pessoas.
Mergulharemos em outro momento dentro do imaginário deste fotógrafo, neste momento apenas queremos felicitar e apoiar todos os trabalhadores, que na figura de Sander percebem um modo de conquistar seus sonhos sem perder a sua essência, suas raizes.
Que todos os trabalhadores se sintam abraçados nesta homenagem e que todos um dia sejam representados em uma única fotografia e que nela tenha a união, a dignidade humana seja o foco.
