Os sintomas nunca mentem
Você é do tipo que acha que toda doença física surge "do nada"? Está na hora de rever os seus conceitos. Todos os dias surgem novos estudos que comprovam que os sintomas são a manifestação física das nossas emoções.
Tenho acompanhado muitos casos em meu próprio consultório. Nada passa despercebido. Uma dor de cabeça. Uma alergia. Uma virose. Um câncer. Tudo contém informação. Em geral, o paciente chega apenas verbalizando sentimentos em relação ao conflito emocional que está vivendo. Fala de raiva. Angústia. Tristeza. Perdas. Injustiça. Mas o seu corpo se expressa ainda mais. Às vezes, grita!
Como terapeuta, presto muita atenção à estas informações. Os sintomas físicos são manifestações de sentimentos que o paciente processa fora do campo da consciência e que trazem dicas preciosas para trilhar o caminho da cura.
A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) nos alerta: saúde não é apenas a ausência de doença, mas o estado de completo bem-estar físico, mental e social. Portanto, é essencial ampliar nosso olhar para auxiliar esses pacientes. Precisamos ir além do óbvio. Do que é verbalizado.
Minha formação internacional em Leitura Biológica foi quem me trouxe essa compreensão. Trata-se de uma ferramenta desenvolvida pelo médico alemão, Dr. Ryke Geerd Hamer, que define a doença como um acontecimento que age em três níveis: percepção, cérebro e órgãos.
Essa teoria começou quando o Dr. Hamer foi diagnosticado com câncer testicular, logo após a morte do seu filho. Devido ao fato dele nunca ter ficado gravemente doente, intuiu que o desenvolvimento de seu câncer poderia estar diretamente relacionado à esta grande perda.
Neste momento, teve início uma extraordinária jornada científica. Ele começou a investigar as histórias de seus pacientes com câncer e logo detectou que, como ele, antes de desenvolverem a doença todos tinham experimentado um choque emocional. Ele descobriu que no momento em que o conflito inesperado ocorre, o choque atinge uma área específica no cérebro causando uma lesão (mais tarde chamado Hamer Focus, visível em uma tomografia computadorizada do cérebro, como um conjunto de anéis concêntricos).
As células do cérebro que recebem o impacto dos conflitos enviam um sinal bioquímico para as células do corpo correspondentes causando o desenvolvimento de um tumor, uma fusão de tecido ou perda funcional, dependendo de qual camada cérebro recebe o choque.
Dr. Hamer também descobriu que cada doença progride através de duas fases: primeiro, uma fase de conflito ativo e, depois, desde que consigamos resolver, uma fase de cicatrização. Este é o período em que a psique, o cérebro e os órgãos correspondentes passam para a fase de recuperação, um processo muitas vezes mais difícil, marcado por fadiga, febre, inflamação, infecção e dor.
Graças a esses estudos do Dr. Hamer posso identificar, por exemplo, que um paciente com alergias de pele está vivendo um conflito de separação (de ter medo de se separar ou querer se separar de algo). Alguém com anemia, provavelmente, está em uma situação de impotência diante de suas relações sanguíneas/familiares. Já um paciente com problemas nos ossos vive uma percepção de grande desvalorização.
Uma vez identificado o conflito emocional que desencadeia o sintoma físico, é hora de tomarmos consciência sobre ele e sua origem. É o momento de acolhermos o paciente, certos de que os sintomas foram o meio escolhido pelo cérebro para se adaptar a uma realidade que, para ele, é difícil demais.
Nunca podemos nos esquecer de que a nossa impotência é o que nos toca. Somos seres humanos extremamente sensíveis. Física e emocionalmente. E de posse dessas informações, certamente, poderemos, juntos, trazer esses conflitos para o campo da consciência. É o que chamamos de fase de reparação e cura. Mas não basta identificarmos o originou a sua doença. É preciso estar aberto à mudança. E o tempo de resolução/digestão é muito particular.
Neste período, dentro de um processo terapêutico, teremos a oportunidade de um grande passo em relação à superação e à cura. Isso vai depender muito do tamanho do seu conflito, da sua subjetividade e do seu movimento em relação à vida.
Sem dúvida, a Leitura Biológica é uma ferramenta muito eficaz, capaz de nos trazer da realidade inconsciente para a consciente de forma que consigamos adotar outras respostas a uma mesma situação de conflito. Neste período, com o apoio de uma terapia, poderemos enxergar a vida com mais consciência, mais inteireza e com mais responsabilidade.
Rita Bragatto é psicanalista
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