Antes que me esqueça

Von Martius em Sorocaba


Tinha nome nobilíssimo – Carl Frierich Philipp Von Martius. Foi do grupo de naturalistas que no início do século 19 estiveram no Brasil de Dom João VI. Um time de cobras: Ele, Saint-Hilaire, Debret, Taunay, Rugendas, Grandjean de Montigny, Maria Graham, Johann Baptist Von Spix, entre outros. Não houve, entre eles, quem não se extasiasse com a riqueza humana e ambiental do Pindorama.

Lembro, que na grande mesa do Gabinete de Leitura, na Praça Cel. Fernando Prestes, sala bem iluminada com lâmpadas de luz amarela, eu compulsava um grande tomo, no qual se narrava a visita de Von Martius. Ele ficou meses na região. Escreveu muito sobre a flora, o clima, os costumes, as aves, os animais, os sítios arqueológicos de locais como o morro de Araçoiaba, Iperó, Ipanema. Com toda a certeza ele visitou a Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema, até hoje local de preservação ambiental e centro de estudos sobre a natureza.

Esta coisas afloraram ao ler, no "Jornal do Brasil" – (26-03-18) uma reportagem: "A extraordinária viagem de Spix e Martius", título de um livro que comemora os 200 anos da expedição dos naturalistas alemães ao país, lançado no Jardim Botânico. Organizado pela historiadora Alda Heizer e pelo botânico Paulo Ormindo.

É isso aí. Sorocaba é uma cidade muito, mas muito impactante, e me alegro de, no momento, morar no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, onde a rua Sorocaba é das mais conhecidas, como centro de serviços médicos, escolas e de restaurantes da moda.