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Victoria's Secret está passando por momento crítico nas vendas


Por Julia Rolim
 
 
A Victoria’s Secret é uma marca especialista em lingerie e produtos de beleza fundada em 1977 - uma época da qual a sociedade passou por diversas mudanças e uma grande revolução sexual. Porém, no momento não se sabe se conseguirá sobreviver à próxima...


Divulgação/Instagram - @victoriassecret Divulgação/Instagram - @victoriassecret

Embora continue sendo a varejista de lingerie dominante nos EUA, as vendas caíram em cada um dos últimos seis trimestres e demonstram poucos sinais de recuperação. A queda também pode coincidir com o surgimento de novas marcas online de lingerie e com a mudança de comportamento e opinião das mulheres, corpos e sensualidade.
 
De acordo com a Exame, a empresa controladora L Brands divulgou nesta semana os resultados do primeiro trimestre e os resultados desanimam... As ações recuaram 44% neste ano, aprofundando a queda que eliminou 65% do valor de mercado da empresa desde 2015. Até mesmo a rede Pink, voltada para jovens, está desacelerando.


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Roy Raymond fundou a marca na década de 70, mas o CEO de longa data da L Brands, Les Wexner, arquitetou a ascensão da companhia desde que a adquiriu em 1982. A Victoria’s Secret exibiu publicamente sutiãs e calcinhas, primeiro no salão de vendas e depois nas passarelas. Seu famoso catálogo se inspirou em romances e na revista Cosmopolitan, expondo uma mistura de sensualidade e fascinação.
 
Quando a cultura popular se tornou mais explícita, o mesmo aconteceu com o marketing da marca e com suas linhas de produtos que acentuam o decote. Porém, a empresa parece custar a entender as mudanças culturais mais recentes e parece ter "parado no tempo", seguindo padrões dos anos 2000 em suas campanhas.


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"Até mesmo a maneira como falamos sobre sensualidade mudou – a ideia é que a sensualidade não depende de ser uma amazona glamorosa nem de ter cabelo comprido, há muitos tipos diferentes de sexy", afirmou Cora Harrington, editora do Blog Lingerie Addict. "A visão que a Victoria’s Secret tem de sexy está fora de lugar."
 
Ou, como questiona Candace Corlett, presidente da empresa de consultoria WSL Strategic Retail: "Eles estão cientes de que existe essa coisa chamada #MeToo por aí?"


Divulgação/Instagram - @aerie Divulgação/Instagram - @aerie

Por outro lado, a concorrência está aumentando a variedade de modelos, produtos e tamanhos. A varejista online ThirdLove, por exemplo, pede para que as clientes respondam uma série de perguntas íntimas sobre seus seios – qual dessas nove ilustrações corresponde ao formato do seu seio? – para demonstrar interesse e atender a todos os tipos de corpos das consumidoras, afirmando que o corpo de cada mulher é único. Outras companhias como Adore Me, True&Co. e Everlane estão adotando uma abordagem semelhante.
 
A Aerie, uma rede de roupas íntimas pertencente à American Eagle Outfitters, é uma possível concorrente da Victoria's Secret e já está acumulando seguidoras entre as adolescentes e jovens adultas, chamando a atenção para sua campanha usando modelos de todos os tipos de corpos cujas imagens não são retocadas na edição. As vendas comparáveis da Aerie aumentaram 34 por cento no quarto trimestre e terminaram o ano com US$ 500 milhões em vendas.
 
 
+ Veja também: A linha de lingerie da Rihanna já está à venda e é incrível!


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Nisso tudo podemos levantar o questionamento: Vale a pena manter ou consumir produtos de uma empresa que não consegue se "atualizar" e acompanhar a tendência atual do mercado? Principalmente às indústrias de moda, pois vivem em constante mudanças devido as tendências e novas coleções.    
 
 
O que você acha sobre este assunto? Vale a pena "se manter" no passado? 
Me conte por email ([email protected]), vou adorar saber a sua opinião. 
 
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