Blog fala sobre 'Bartira' a mocinha que abalou Paris

Fiquei pasmo. Nunca antes tivera conhecimento da história dessa moça. Com a tecnologia da internet você acessa o texto completo; muito bem escrito e, posso imaginar, o trabalho de pesquisa, como diz o título da reportagem: "A estrela que sumiu no vento". Ao ler, veio-me à memória, uma outra estrela – Carmem Miranda. Esta nasceu em Portugal, em fevereiro de 1909 e faleceu 46 anos depois em Beverly Hills, Califórnia.

Mas quem foi Maria Joaquina de Camargo?

"Mariazinha, anônima corista da Companhia Mulata Brasileira, foi à Europa e não voltou. Rebatizada de Miss Bartira, a jovem artista negra tornou-se superstar na Paris dos anos 1930, foi heroína da Resistência Francesa e viu sua vida transformada em escândalo ao se casar com um primo do rei da Inglaterra. O mais inacreditável nisso tudo é que, da colorida história dessa brasileira, sobraram apenas registros em velhos jornais e um trecho de cinejornal. Ninguém em 2018 parece saber de sua passagem pela terra. Que fim levou Miss Bartira?

De reportagens publicadas entre as décadas de 1930 e 50 é possível montar parte da história. Segundo uma entrevista de 1950, Miss Bartira tinha, à época, 31 anos — o que situaria seu nascimento em 1919. Mas, juntando informações, conclui-se que ela "economizou" uns anos no relato. Teria vindo ao mundo em 1912.

A mãe tinha antepassados negros e indígenas; o pai descendia de portugueses e italianos. E daí que Maria Joaquina de Camargo — a futura Bartira — nasceu na paulista São José do Paraitinga. Desde pequena, queria ser artista. A família mudou-se para Taubaté e de lá, em 1930, nossa personagem foi para o mundo".

Se considerarmos 1912, como data do seu nascimento, ela contava 3 anos quando Carmem Miranda nasceu. Conheceram-se? Quem saberia dizer.

O que posso dizer é que Carmem Miranda brilhou nos Estados Unidos em época muito diferente do mundo no qual Bartira brilhou em Paris. O que me chama a atenção é o valor da mulher, essa nossa mãe, irmã, filha, etc etc que nos palcos da glória artística ou nas funções menos espetaculares são nossas parceiras na aventura de viver.