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8 marcas que apoiam a causa LGBTQ+


Por Julia Rolim


Com certeza você deve ter notado que junho é o mês do orgulho LGTBQ+ e, com isso, as pride parades aconteceram durante todo o mês nas grandes cidades com o intuito de discutir este tema ainda TÃO necessário, principalmente no Brasil... Pois, infelizmente, é o país que mais mata pessoas pertencentes a este grupo.

A cada 19 horas uma pessoa LGBTQ+ morre, além de ser o país que mais mata travestis e trans em todo o mundo! De acordo com o We Love, um relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB) - entidade que levanta dados sobre assassinatos da população LGBT no Brasil há 38 anos - registrou 445 homicídios em 2017. O número aumentou 30% em relação a 2016, que teve 343 casos.


 - Reprodução/Pixabay - Reprodução/Pixabay

Estes dados são alarmantes para um país que se desenvolveu dentro de uma diversidade de povos e culturas. Você não precisa ser gay para se assustar com esses números, e também não precisa ser gay para entender a importância e relevância de apoiar a liberdade de outra pessoa. No fim das contas, somos todos seres humanos buscando nos encontrar na vida, no trabalho, no amor.

E devido a todas as mudanças culturais, as marcas têm percebido que dialogar com o público formado por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros, é muito vantajoso não só para os ganhos financeiros, mas também para a imagem da empresa. Talvez algumas ainda estejam se aproveitando da situação para chamar a atenção, mas de qualquer forma o assunto é sério e é importantíssimo levantar esta bandeira.

Isso indica que algo não está ficando igual, que está saindo da zona de conforto.


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A moda é um meio de expressão (e comportamento) que reforça a ideia de que não se precisa de um padrão para se sentir bem... E com este pensamento bem definido, muitas marcas começaram, há alguns anos, a investir em coleções unissex ou produtos voltados ao público LGBTQ+. E tiveram muito sucesso.

Confira, a seguir, uma lista de algumas marcas gigantes que já investem neste mercado - de acordo com a Bruna Guimarães do We Love:


Tiffany&Co: Com 178 anos de história, foi a primeira das grandes joalherias a lançar uma campanha direcionada aos consumidores homossexuais. Criada pelo fotógrafo Peter Lindbergh, ela é composta por uma série de sete fotos de casais e leva o nome "Will You?" ("Você quer?", em tradução livre). Em uma das fotos, dois homens são retratados e, segundo a porta-voz da joalheria, Linda Buckley, trata-se de um casal real. "O amor verdadeiro pode acontecer mais de uma vez a partir de histórias de amor que possuem uma variedade de formas", afirmou Buckley em entrevista à CNN.

MAC Cosmetics: Em plena pandemia de Aids, no início dos anos 1990, a canadense MAC Cosmetics lançou o batom vermelho Viva Glam, com o objetivo de arrecadar fundos para dar suporte a homens, mulheres e crianças portadoras do vírus HIV. E a cada centavo obtido com a venda dos produtos da linha são voltados ao Mac Aids Fund, que prioriza iniciativas de prevenção, tratamento e garantia de necessidades básicas a pessoas com HIV em diversos países. Entre os garotos propagandas da Viva Glam estiveram a estrela drag Ru Paul, a atriz KD Lang e o cantor Rick Martin. Atualmente, a protagonista da atual campanha é a cantora SIA.

Chanel: O estilista Karl Lagerfeld transformou em arte a sua posição política a favor do casamento igualitário na França. Ao final do desfile de alta-costura da Chanel, na semana de moda de Paris de 2013, duas mulheres vestidas de noiva se apresentaram junto com o sobrinho do estilista, encerrando o evento com um tom de protesto. "Eu não entendo esse debate. Desde 1904, na França, a igreja e o Estado estão separados", desabafou o estilista.

Nike: Para celebrar a paixão pelo esporte entre todos os atletas, independentemente de sua orientação sexual, a Nike lançou nos Estados Unidos, em 2012, a coleção #BeTrue (Seja verdadeiro). Os tênis e as camisetas da linha têm cor predominantemente preta, alternada com uma diversidade de outras cores que remetem à bandeira do arco-íris. De acordo com a Nike, o conceito foi diretamente inspirado na comunidade gay. A empresa se comprometeu a doar até 500 mil dólares do lucro da venda de produtos da coleção à LGBT Sports Coalition, grupo dedicado ao combate da discriminação no esporte. "Nós somos uma empresa comprometida com a diversidade, a inclusão e a liberação do potencial humano", afirmou Tim Hershey, vice-presidente de merchandising global e executivo-chefe da rede de amigos e funcionários LGBT da companhia. "A Nike acredita que se você tem um corpo, você é um atleta", acrescentou.

Starbucks: Para a maior rede de cafeterias do mundo, defender o direito dos gays implica em enfrentamento. Na reunião anual de acionistas da companhia, em 2013, Howard Schultz discutiu com um acionista que questionava o apoio da empresa ao casamento gay. "Com todo o respeito, se você acha que consegue um retorno melhor que os 38% que obteve no ano passado, este é um país livre. Você pode vender suas ações do Starbucks e comprar papéis de outras companhias. Muito Obrigado", afirmou.

Disney: A Disney lançou o "Mickey Mouse Rainbow Love". A peça traz um chapéu vermelho, com orelhas em tons de arco-íris e as mãos do famoso personagem formando um coração - com as cores de arco-íris. O acessório está à venda nos parques localizados em Orlando e na Califórnia.

Adidas: A gigante Adidas lançou o quarteto que forma o "Pride Pack" 2018, que é composto pelos modelos PURE BOOST DPR, I-5923, CAMPUS e DEERUPT. Todos trazem base bege e detalhes coloridos em tons claros. As características técnicas de todos os modelos são mantidas e em suas palmilhas podemos ver efeitos que remetem ao arco-íris ¿ símbolo dos movimentos LGBTQ+, além da inscrição "LOVE UNITES".

C&A: A marca lançou uma coleção de peças para festejar a diversidade. Intitulada de "Coleção Pride", a nova linha faz parte da proposta da companhia de promover a moda como uma forma de livre expressão que chegou às lojas com estampas nas cores do arco-íris. A iniciativa foi desenvolvida pelo Comitê de Diversidade da C&A, formado por 60 funcionários que se dividiram em três frentes para abordar questões de gênero, raça e LGBTQ+. A ideia foi, então abraçada pelo setor comercial, já que os clientes costumam ter empatia por este tema.


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O que você acha sobre esta iniciativa? Conhece outras marcas que também levantam a bandeira LGBTQ+? Me conte por email ([email protected]), vou adorar saber a sua opinião.

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