Rota do Equilíbrio

Praticar Jejum Intermitente Causa Perda De Massa Muscular?

Olá, caros leitores do Rota do Equilíbrio.

Sejam bem vindos a mais um post aqui do nosso blog.

Hoje iremos responder a uma das principais dúvidas sobre jejum intermitente.

E uma das que mais deixam as pessoas com medo de iniciar essa saudável prática.

(Relacionado: Conheça os 10 benefícios do jejum intermitente.)

Geralmente essa dúvida surge porque sempre ouvimos por aí que seu corpo começa a queimar músculos para obter energia quando você fica mais de três horas sem comer.

Porém, se você, já acompanha nosso blog há algum tempo, então já deve ter percebido que comer a cada 3 horas não fornece nenhum benefício adicional para sua saúde — e nem conserva mais sua massa muscular.

Mas mesmo que você tenha entendido isso, pode estar se perguntando se ficar períodos muito mais longos do que 3 horas sem comer (como jejuar por 16, 24, 48 horas ou mais) prejudicaria sua massa magra.

Mas você pode ficar tranquilo: durante a janela de jejum você não vai quebrar músculos como forma de energia.

Na verdade, os seus músculos até podem servir como fonte de energia, mas você tem outras reservas que são muito mais fáceis de serem utilizadas pelo seu corpo como: a gordura da sua barriga e de outros lugares, e o glicogênio.

Lembrando que o glicogênio é a nossa reserva de energia na forma de carboidratos, que fica armazenada tanto no fígado, quanto nos músculos, entre as as células musculares.

Essas duas reservas são muito mais fáceis de serem utilizadas e, ao mesmo tempo, não prejudicam o seu corpo.

Ou seja, você não vai quebrar células musculares e ficar mais fraco para fazer suas atividades e até mesmo para conseguir se alimentar, só porque você está sem comer.

Nosso organismo é “muito inteligente”, e não vai querer te prejudicar desta forma — afinal, ele está lutando pela sobrevivência.

E isso faz muito sentido quando paramos para pensar no aspecto evolutivo de nossa espécie.

Comumente, nossos antepassados simplesmente não conseguiam nenhum tipo de comida por vários dias seguidos.

Seja porque não encontravam nenhuma presa, ou porque não conseguiam caçá-la, ou porque não encontravam nenhuma árvore com frutas para serem comidas.

No período paleolítico, não havia plantações, e não era sempre que existia comida à disposição.

Então, nessas ocasiões, se nosso corpo não tivesse a habilidade de conservar a massa muscular e passasse a queimá-la como energia, nós simplesmente iríamos começar a definhar, perdendo justamente a capacidade de ir atrás do alimento.

Segundo essa teoria, quanto mais tempo passasse, mais músculos seriam queimados.

E quanto mais músculos fossem gastos, mas difícil seria fazer tarefas como caçar, coletar alimentos ou mesmo levá-los até a boca e mastigá-los, caso fossem encontrados — afinal, até mesmo a mandíbula é movida por músculos.

(Falamos mais sobre esse ponto em outro texto — que explica por que ficar sem comer carboidratos também não vai destruir sua massa muscular.)

Porém, é importante fazer uma observação.

Ficar sem comer durante períodos muito longos realmente pode fazer com que você quebre um pouco de massa muscular para gerar energia, ainda mais após suas reservas de glicogênio se esgotarem.

Nesse caso, estamos falando de jejuns realmente longos, na ordem de vários e vários e vários dias, e isso não é o que nós estamos tratando aqui.

Jejuns ocasionais de até 24 a 48 horas não vão oferecer nenhum perigo à sua massa muscular, especialmente se você treina com pesos e ingere uma quantidade adequada de proteínas durante suas janelas de alimentação.

Esperamos que você tenha gostado do texto de hoje e deixamos aqui uma leitura complementar recomendada.

Trata-se do nosso texto completo sobre os 6 principais benefícios das dietas low-carb — temos certeza que você vai gostar muito de adquirir esse conhecimento também.

Forte abraço,
— Guilherme e Roney.
P.S.: Presente para você. Confira nosso infográfico completo com os 10 benefícios de praticar jejum.