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Matemática antirebaixamento


De 19 jogos restantes -- o segundo turno inteiro -- para o fim da Série B do Campeonato Brasileiro, o São Bento precisa ganhar ao menos sete para garantir a permanência na competição na próxima temporada. A informação tem como base os pontos somados pelas equipes que terminaram em 16º lugar (primeiro fora da zona de rebaixamento) nas últimas cinco edições da segunda divisão nacional.

Basicamente, os times que alcançam uma média de 45 pontos podem se ver livres do descenso à Série C. No primeiro turno, o Azulão somou 24 pontos. Teoricamente, então, teria de conquistar mais 21 para se garantir. No returno, o time terá 10 jogos fora de casa e nove no Estádio Municipal Walter Ribeiro (CIC).

Entre os cinco anos analisados, o 16º colocado a somar mais pontos foi o Bragantino, em 2014: a equipe do interior paulista chegou a 46. Por outro lado, o time que escapou da "degola" com menos pontos na tabela foi o Oeste, em 2016: 41. Do restante, o Atlético Goianiense se safou em 2013 com 44; o mesmo Oeste com 44 em 2015; e, por último, o Guarani, com os mesmos 44 em 2017.

"A gente vai começar um returno em que o primeiro pensamento é o da permanência. Tem que ter os pés no chão. Eu sempre disse isso, até quando vieram as vitórias. Quanto antes conseguirmos bater os 45, 46 pontos, quem sabe poderemos pensar em algo maior", afirmou o técnico Marquinhos Santos após a derrota por 1 a 0 para o Vila Nova, no último sábado.

O revés veio na atuação mais apática do São Bento desde a chegada do novo treinador. Deixando de lado a derrota por 2 a 0 para a Ponte Preta, na estreia do comandante, em que era praticamente impossível cobrar do elenco 100% de compreensão ao estilo de jogo do novo chefe, o Azulão esteve muito abaixo da crítica no Estádio Serra Dourada. Para se ter ideia, o time não chutou nenhuma bola em direção ao gol de Mateus Pasinato.

"O primeiro tempo foi muito amarrado, um jogo muito tático, parecendo um tabuleiro de xadrez. No segundo tempo caiu muito o poder do nosso meio de campo. Quando nós "encaixamos", com a entrada do Abuda preenchendo melhor os espaços, fomos surpreendidos na batida do Alan (Mineiro)", analisou o treinador beneditino.

"Nesse jogo nós produzimos muito pouco ofensivamente, jogando com três atacantes. Tivemos três perdas para essa partida (Ewerton Páscoa, Doriva e Paulinho). Isso não pode servir como muleta, mas assumo a responsabilidade da derrota em função da proposta de jogo aplicada. É mérito também do adversário, que fechou o espaço de profundidade dos lados", completou.

O São Bento joga de novo no sábado, pela 20ª rodada, diante do Brasil de Pelotas, às 16h30, no CIC.