Nova Zelândia - Verdadeiro paraíso terrestre
Veronica Viudes
Um país com belezas naturais, formado por duas grandes ilhas (e por numerosas pequenas ilhas), é hoje considerado a "Capital Mundial da Aventura". De ponta a ponta, as diferentes paisagens conquistam a todos. Em pleno verão, além do lago, se vê uma grande montanha, com gelo no topo. No inverno, a neve conquista essa montanha e os amantes de esqui agradecem. Assim é Nova Zelândia, a "Aotearoa", a terra da grande nuvem branca, nome dados pelos maoris, que chegaram ao local por volta de 800 depois de Cristo.
A dois mil quilômetros ao sudeste da Austrália, o país tem 270.534 quilômetros quadrados, equivalente ao território do estado do Rio Grande do Sul, e a população não chega aos cinco milhões de habitantes. O clima tropical garante a diversão em qualquer estação do ano. No roteiro, o visitante encontra de trilhas em parques com mata fechada até escaladas nas gigantes montanhas. Tradicionais e imperdíveis também são as aventuras aquáticas, como as descidas em corredeiras.
Boa oportunidade para conhecer o rio que foi cenário para a fuga de Frodo, personagem principal da trilogia "Senhor dos Anéis", para Rivendell. O rio fica em Arrowton, pequena cidade próxima a Queenstown, na Ilha Sul. Em Matamata, na região de Waikato, na Ilha Norte, os fãs podem ainda visitar as locações do condado dos hobbits. Além da trilogia, as ilhas também serviram de cenário para outros filmes, como "Crônicas de Nárnia" e "Xena, A Rainha da Selva".
Opções não faltam. Os turistas têm muitas escolhas quando chegam às ilhas neozelandesas, mas o carioca Felipe José de Sant"Anna, que mora há mais de um ano em Auckland, Ilha Norte, simplifica ao sugerir o Sul da ilha, durante o inverno, e o Norte, no verão. Artur Pelanda, que mora há quase um ano também em Auckland, já viajou bastante pela Ilha Norte, e recomenda, durante o inverno e primavera, ir a Mount Ruapehu, onde tem muita neve e dois skifields enormes para snowboard e esqui. Já para os surfistas, Pelanda recomenda a cidade de Raglan. "É um paraíso para os surfistas, com ótimas ondas e uma cidadezinha muito aconchegante. Eu fiquei em um backpacker no alto da montanha, e tinha uma vista linda para o mar", comenta.
Para Felipe Sant"Anna, a Ilha Norte tem muitas praias e recomenda ir para Coromandel, Bay of Island e Piha. Em Coromandel foram gravadas as cenas do filme "Crônicas de Nárnia". Para chegar até esse cenário, na praia chamada Cathedral Cove, são 45 minutos de caminhada. Cansativo, mas vale a pena apreciar uma das mais belas paisagens do país. Já a Ilha Sul, para ele, é uma beleza diferente daquela a qual os brasileiros estão acostumados. "Você vê um lago lindo, embaixo do sol, e lá no horizonte tem uma grande montanha com gelo. São dois opostos que formam uma paisagem maravilhosa, como em Lake Pukaki", diz.
Para os mais radicais, em Taupo, no centro da Ilha Norte, está o maior bungee jump que você pode tocar na água, com 47 metros de altura. E o maior de todos, o Nevis, está localizado em Queenstown, na Ilha Sul, com 134 metros de altura.
Artur Pelanda brinca que, quando você menos espera, está fazendo algo radical. "Fui surfar em Miriwai, e lá teve casos de tubarões circulando perto dos surfistas. Fiz algo radical e nem sabia", conta.
Na maior cidade do país, Auckland, conhecida como a cidade das velas, na Ilha Norte, está a Sky Tower, a mais alta estrutura do hemisfério sul, com 328 metros, onde você pode ver a cidade toda em 360 graus. Também tem o aquário Kelly Tartlon"s Antarctic Encounter & Underwater World, para quem gosta dos bichinhos do mar, e o Auckland Museum, onde se pode apreciar a cultura neozelandesa e a história dos maoris. Para quem gosta de flores e ar fresco, Auckland é cheio de grandes parques, como o Domain Park, onde se pode fazer piquenique, jogar bola e tirar belas fotografias. E não se pode deixar de ir ao Auckland Zoo, ver os animais exóticos e o passarinho kiwi, animal que simboliza o país e está em extinção.
E claro, a noite em Auckland é agitada. "Você pode encontrar baladas diferentes todos os dias, a vida noturna não para. Cada dia tem um lugar específico para ir, e sem erro, vai estar bombando", conta Pelanda.
Outras grandes cidades, como Queenstown, Christchurch e Wellington, também oferecem passeios interessantes. Queenstown é mais recomendada para os amantes de esportes radicais, enquanto Christchurch cai como uma luva para os baladeiros, e Wellington, capital do país, tem muito museu e história para ser vista.
A bola da vez dos intercâmbios
Rica pela natureza e aventuras, a Nova Zelândia é hoje a queridinha dos estudantes. Muito procurado para intercâmbio escolar ou cursos de curta e longa duração, o país conta com ensino de excelência, com oito universidades federais neozelandesas que oferecem cursos de graduação e pós-graduação nas mais variadas áreas.
Além da beleza, outro motivo que atrai os jovens é a facilidade para entrar no país, em questão de documentação. Aqueles que ficam por até três meses não precisam de visto nenhum, somente do passaporte. Quem fica por mais tempo, é necessário mandar a documentação para o consulado, junto com a matrícula da escola em que estudará e solicitar o visto de estudante. Tudo sem muitas exigências ou rigor.
Para Marcela Pereira, além do fato de vários amigos terem sugerido a Nova Zelândia, o motivo principal para ir para lá foi outro. "Nova Zelândia sempre me interessou, pois é um lugar distante e com uma cultura completamente diferente da nossa. Achei que seria um desafio", conta a estudante, que ficou cinco meses em Auckland, durante o Ensino Médio.
Segundo Mariele Figueiredo, consultora de vendas, a cidade mais procurada para o intercâmbio é Auckland, pois a maioria das escolas se concentra lá, e ainda há mais oportunidades de empregos para quem tem interesse em também trabalhar. "Christchurch era muito procurada, mas após os terremotos que destruíram a cidade, a procura diminuiu muito", explica a consultora.
Os estudantes sempre arranjam tempo para viajar com os amigos, seja perto de onde estão morando ou para viagens mais longas. "Em Auckland, sempre ia para praias lindas, como Takapuna e Brows Bay. E durante as férias escolares, tive a oportunidade de conhecer Mount Maunganui e outras cidades do sul do país, como Queenstown e Kaikoura. Além disso, fui para Austrália também, que é do lado", conta Marcela, que também pulou de bungee jump e paraquedas.
Um curso de idiomas por duas semanas custa, em média, R$ 3 mil, incluindo acomodação e taxas. E, claro, além de estudar, dá para dar uma "voltinha" e aproveitar uma das mais belas paisagens do mundo.
Veronica Viudes - AgênciaJor/Uniso ([email protected])