Exposição alerta para cuidados com ouvido, boca e nariz
Samira Galli
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Quem passar pela Praça do Campolim, amanhã, será surpreendido por um ouvido, um nariz e uma boca gigantes. Trata-se da exposição itinerante chamada "Caminhos da Otorrinolaringologia", que pretende conscientizar os sorocabanos sobre a saúde da voz, respiração e audição. A mostra, que é uma iniciativa da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), tem apoio da Prefeitura e fica até sábado no local, das 9h às 17h. A atividade é gratuita. "A intenção é orientar a população para prevenir as doenças relacionadas à especialidade", afirma o diretor da entidade, o médico otorrinolaringologista sorocabano Fábio Lorenzetti, que também é coordenador da residência da especialidade no Hospital de Otorrinolaringologia, instalado no Banco de Olhos de Sorocaba (BOS).
Quem visitar a exposição poderá fazer uma viagem por dentro dos órgãos para conhecer seu funcionamento e as principais formas de prevenção das doenças que acometem essas áreas, que vão desde uma crise alérgica até a perda de audição ou o câncer de laringe. "A maior parte das doenças está relacionadas ao tabagismo que, eventualmente, pode causar o câncer", destaca o médico.
O evento trará também uma carreta de 17 metros, com um mini-auditório montado, onde estão programadas palestras com especialistas, esclarecimento de dúvidas e atividades interativas. Entre elas, a população poderá conferir com os médicos se o volume de seus aparelhos de mp3 e celulares está adequado para manter a saúde auditiva. Lorenzetti destaca que esse tipo de eletrônico tem preocupado bastante os profissionais da área, por causa do hábito que os jovens têm de ouvir músicas em volume alto. "A gente teme que essa geração comece a ter perda auditiva muito antes do considerado normal, que é depois dos 60 anos de idade", declara. Na legislação brasileira, o limite máximo permitido de exposição a sons é de 85 decibéis, mas o volume de aparelhos de som individuais podem chegar a 100-110 decibéis. O médico explica que cerca de 30% a 35% das perdas de audição são causadas pela exposição a sons intensos, sejam eles em ambientes profissionais ou em lazer (como shows ou aparelhos eletrônicos). "É uma perda auditiva induzida pelo ruído."
A exposição contará, ainda, com um teste de olfato, o "Jogo do Aroma", em que os participantes são convidados a sentirem os cheiros que saem de dentro de uma caixa surpresa. Além de Sorocaba, as atividades já passaram pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e Campinas.