SOROCABA E REGIÃO

Acervo do Cruzeiro do Sul será compartilhado em redes sociais


Thiago Arioza
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Há 109 anos o Cruzeiro do Sul acumula um acervo que hoje contabiliza mais de 500 mil páginas. A partir de agora, registros de fatos que marcaram a história local nas primeiras décadas desse longo período passarão a ser compartilhados nas redes sociais. O objetivo é divulgar e expandir o acesso a esse conteúdo e para isso o jornal estará conectado aos leitores por meio do Tumblr e Instagram, sites voltados para ao compartilhamento de imagens. O conteúdo dessas duas redes sociais também será compartilhado pelo Facebook e no Twitter.

As páginas do jornal nesses sites levam o nome de "arquivocruzeiro" e já começaram a receber atualizações, com fotos e textos antigos, que mostram curiosidades, costumes e a cultura sorocabana. A proposta é divulgar reportagens antigas sobre assuntos que estejam em pauta na atualidade.

Uma das postagens em destaque no Tumblr, por exemplo, é um artigo publicado no dia 9 de agosto de 1945, que informou os sorocabanos sobre a gravidade da explosão da bomba nuclear em Hiroshima. No dia em que os terminais de ônibus da cidade completaram 20 anos de funcionamento, o blog disponibilizou imagens de como era a rotina dos usuários do transporte público, na época em que o embarque e desembarque ocorriam nas imediações do Mercado Municipal. Ao passar o cursor sobre as fotos, é possível visualizar o verso delas e entender como era o processo de arquivamento.

O conteúdo publicitário das edições antigas também terá destaque. Os anúncios de cigarro, que atualmente são proibidos por lei e vedados pelo próprio jornal, estão entre os reclames que mais chamam atenção. Nas épocas em que os malefícios causados pelo fumo não eram muito difundidos, algumas marcas se diziam ser recomendadas por médicos. Estabelecimentos comerciais que agora só existem na memória dos mais velhos também viam no jornal uma forma de divulgar seus negócios. É o caso da "Padaria e Confeitaria São Luiz", na Rua São Bento, que na propaganda da década de 1940 destacava suas modernas instalações, movidas à eletricidade.
 
Digitalização
 
No ano de 1972, para auxiliar a pesquisa dos profissionais da redação, o Cruzeiro do Sul começou a arquivar suas reportagens e fotos em pastas divididas por assuntos e nomes de pessoas. Desde então, milhares de recortes de jornais e fotos foram guardados e até hoje continuam sendo úteis a pesquisadores e eventualmente à própria redação.

Além dos recortes, até 1999 o acervo do Cruzeiro do Sul se baseava em encadernações mensais dos exemplares. A partir de maio daquele ano, o jornal começou a arquivar as novas edições em formato digital e a digitalizar as antigas. Parte dos exemplares recuperados, que não constava na coleção do jornal, foi obtida por meio de uma parceria com o Gabinete de Leitura Sorocabano, detentor de um acervo com jornais antigos que circularam na cidade. Atualmente, quase todas as edições, desde 1903, podem ser consultas na internet pelo site memoria.cruzeirodosul.inf.br.

Como acessar
Tumbr: arquivocruzeiro.tumblr.com
Facebook: facebook.com/arquivocruzeiro
Twitter: twitter.com/arquivocruzeiro
Instagram: @arquivocruzeiro (Para iPhone ou smartphone com sistema Android. Necessário aplicativo disponível na App Store ou Google Play)