ELEIÇÕES

Erinaldo Alves da Silva (PSDB)

Cruzeiro do Sul - Qual será a principal marca do seu governo?
Erinaldo Alves da Silva - Antes de responder, eu quero cumprimentar o jornal Cruzeiro do Sul e a Fundação Ubaldino do Amaral por essa iniciativa, que já ocorreu nas outras eleições e agora, aprimorando o processo, dando essa condição de igualdade para os candidatos. Na realidade, nós temos uma visão da Votorantim de hoje, e essa visão nos faz traçar um perfil do que seria nosso trabalho e nossas ações em nível de governo, se eleito formos. A marca principal que nós temos hoje como definição de trabalho é o replanejamento da cidade. Nossa região vive um momento ímpar em termos de desenvolvimento, e Votorantim é afetada diretamente por essa situação. Então nós precisamos refazer nosso planejamento, adequando esse planejamento a essa nova realidade. O eixo comercial de Sorocaba caminhou em direção a Votorantim. A rodovia Raposo Tavares duplicou e a Castelinho chegou até a Raposo Tavares. A conurbação em Sorocaba está aumentando cada vez mais determinados pontos de Votorantim, e a cidade precisa ser replanejada dentro desse contexto de desenvolvimento regional, para que ela possa sentir e viver esse progresso e essa evolução sem nenhum trauma futuro.
Dentro desse remanejamento, qual será a prioridade do candidato?
- A prioridade maior é evitar algumas situações que já começam a dar sinais em Votorantim. Por exemplo, o trânsito na região central da cidade, que congestiona a zona oeste. Há um crescimento que vai acontecer inevitavelmente em consequência de investimentos que estão surgindo na cidade, e a necessidade urgente de se preparar para esse desenvolvimento, se beneficiando disto. Estamos ao lado de Sorocaba, que é a grande cidade da região, desenvolvendo um polo tecnológico que é um grande atrativo para todo o Estado e talvez até para o País. E Votorantim é a primeira opção a nível de região logo após Sorocaba. É importante que a cidade tenha consciência disso, se prepare, viva esse progresso e tenha condições de se beneficiar dele, pois estamos praticamente inseridos dentro de todo esse contexto. Para que isso aconteça, nós temos que nos planejar e dar condições para que as coisas aconteçam também em Votorantim, senão acabaremos perdendo o rumo da história.
Votorantim tem problemas habitacionais que incluem ocupação irregular, existência de favelas e isto se reflete nas más condições de moradia dessas famílias. Que medidas o sr. pretende tomar para resolver esse problema?
Habitação sempre foi um problema e uma preocupação da administração pública. Mas eu particularmente posso dizer com uma certa tranquilidade, que nós soubemos enfrentar esse problema. Tivemos inúmeras ações que resultaram em benefícios da população e benefícios também da administração pública na solução desses problemas. Um dos grandes desafios que nós tínhamos no passado foi exatamente as ocupações e parcelamentos irregulares que até 2002 praticamente impediam o poder público de resolver certos problemas, particularmente os que envolviam áreas públicas. De 2002 pra cá, com o advento de uma legislação federal que permitiu a regularização das áreas irregulares, inclusive as áreas públicas ocupadas irregularmente, teve início um processo de regularização dessas áreas denominado normalmente "regularização fundiária urbana", e desde então os municípios podem, em contato com o Estado e com a aprovação da Justiça, trabalhar muito em termos de regularização fundiária. Então nós temos determinados pontos, vilas até bairros inteiros, como são os casos do Novo Mundo, Jardim Tatiana, Green Valley, sem contar as ocupações irregulares. Nós temos uma proposta de trabalho intensa nesse sentido, mas particularmente na habitação, nós trabalhamos com as cooperativas habitacionais, com a CDHU e com ações diretas da poder público. Hoje, por exemplo, nós temos loteamentos como o São Lucas, São Matheus e Primavera, que foram feitos pela prefeitura municipal, com parcelamentos, uso de máquinas, desapropriações e repassados à população com um valor simbólico. Hoje, ao andar por esses bairros encontramos moradias bonitas, bairros pavimentados, completos e ninguém devendo um tostão para banco nenhum, com as escrituras na mão e felizes com o programa que deu certo. Portanto, a nossa intenção é retomar esse processo implantando loteamentos populares nos bairros mais distantes, construindo com a ação de cooperativas habitacionais e retomando as ações diretas envolvendo o município e CDHU. Eu acho que as empreiteras particulares que, de uma forma geral, hoje, atuam no programa habitacional, principalmente atraídas pelo programa federal "Minha casa, minha vida", possuem legislação e uma série de exigências às quais o interessado é obrigado a se adequar. No trabalho desenvolvido pelo município, que é um programa já voltado para atender às populações mais carentes, essas exigências se tornam mais acessíveis para que as pessoas possam acabar construindo e tendo suas moradias de uma forma mais fácil.
- O sr. poderá tomar medidas no sentido de barrar novas ocupações irregulares, com alguma estrutura de fiscalização, para evitar que o problema se agrave?
Eu acho que as causas que levam às ocupações irregulares são decorrentes da própria carência que o município apresenta. Acho que a partir do instante em que é apresentado um bom programa, que permita às pessoas não apenas sonhar, mas também ter acesso a esse programa, sentindo que existe um processo organizado que não fica apenas em inscrições que acabam sendo engavetadas e não se materializam. Acho que o sucesso do empreendimento, e um empreendimento que não seja esporádico, que não seja uma coisa que se faz de vez em quando e tenha continuidade, isso por si só acaba inibindo essas ações de ocupação irregular pela credibilidade que a administração pública possa gerar junto à população com um programa bom, sério e que dê resultado.
O saneamento básico de água e redes de esgoto em Votorantim não atendem a todo a população. A cidade convive com problemas de falta de água, especialmente em áreas rurais e de ocupação que não são atendidas. Como o sr. vai enfrentar esse desafio?
- No que diz respeito ao saneamento básico e particularmente ao abastecimento de água e o afastamento e coleta do esgoto sanitário, o município está vivendo nesse momento um processo de concessão do Serviço Autônomo de Água e Esgoto para a iniciativa privada. Nós não somos favoráveis a essa concessão, porque ela tira da administração municipal esse poder imediato de solucionar esses problemas e vai acabar tendo que atuar em uma ação conjunta com essa empresa que está chegando agora ao município. O nosso desejo, embora sejamos contra essa privatização, é de respeitar essa ação do prefeito, que está legalmente investido no cargo e por uma Câmara Municipal também investida no cargo, agindo de forma legal. Então, não está se criticando a legalidade do que se fez, mas sim lamentando sim, pois isso tira da cidade o poder de solução imediata dos problemas, e inclusive, ao nosso entender durante, os 30 anos de vigência dessa concessão o município fica impedido de receber qualquer recurso oriundo dos governos estadual e federal, ou até mesmo de instituições internacionais. De qualquer forma, nossa pretensão evidente é fazer a nossa função, a nossa ação de governo e atuar junto com a empresa concessionária para que ela não deixe que a população pereça pela falta de água ou pela falta de coleta de esgoto. É claro que Votorantim é uma cidade nova, que tem crescido muito, com muitos bairros surgindo e a legislação já exige que qualquer empreendedor, pelo menos dentro de seu investimento, plante toda a infraestrutura necessária, mas há evidentemente de se ter o abastecimento nas imediações ou a forma de abastecimento, que não precisa ser necessariamente uma emissora, mas pode ser uma adutora de água ou outro sistema de poços artesianos, ou qualquer outro que se busque, mas o poder público terá que estar presente, mesmo sendo responsabilidade da concessionária, estaremos preocupados com o abastecimento da população, e ganhando a eleição, vamos estar presentes em todos os acontecimentos que envolvam o interesse da população.
O sr. vê a possibilidade de rompimento nesse contrato de concessão?
Eu acho que não, no primeiro momento não, pois eu insisto em dizer que as ações se fizeram de forma legal e nós temos que entender que uma coisa é o cidadão que ocupa o cargo e outra é o prefeito em si e a ação feita pelo prefeito, pois a pessoa vai embora, mas a ação permanece, pois ela é lícita é tem de ser obedecida e seguida. É claro que se nós tivermos alguma dificuldade de ação de trabalho no atendimento da população, o poder público terá que estar presente e cobrar, pois é seu dever fazer isso.
A cidade de Sorocaba está concluindo o seu plano de despoluição do rio Sorocaba no trecho que lhe compete. E quanto ao trecho do rio da cidade de Votorantim, o que o sr. pretende fazer? Como vai buscar recursos para viabilizar projetos nessa área?
O problema da despoluição do rio Sorocaba particularmente para a cidade de Votorantim é até mais grave do que nas outras cidades, porque na realidade, Votorantim é a primeira cidade após a represa de Itupararanga que começa, na realidade, a se beneficiar das águas do rio e consequentemente, as poluições começam a surgir dali pra frente. Claro que há também o problema da represa, que hoje é um fato preocupante, mas quando eu assumi a prefeitura, em 1993, Votorantim já havia sido condenada pela Justiça a despoluir o rio Sorocaba. Nós tivemos uma dificuldade enorme, pois estávamos assumindo e essa ação já havia tramitado e julgado, e o município teria que despoluir. Naquela oportunidade nós contratamos uma empresa, elaboramos um plano piloto de tratamento de esgoto e despoluição do rio Sorocaba, fizemos um acordo com o Grupo Votorantim, assumimos o sistema de tratamento da fábrica de papel Votocel, assumimos o sistema de tratamento de água e iniciamos um processo de implantação de emissários coletores nos fundos de vales até que nós pudéssemos ter condições de implantar o sistema de recalque para bombear o esgoto para o sistema de tratamento do Votocel. Dentro desse plano piloto de esgoto se definiu um segundo sistema de tratamento que é hoje aquele que nós chamamos do Guimarães, na divisa com Sorocaba, próximo à Parada do Alto, que deveria receber o esgoto de toda a região leste e norte de Votorantim, principalmente desde a Vila Nova, pegando o Rio Acima, Vila Garcia e toda aquela região. Embaixo, pegaríamos Jardim Paraíso, Parque Bela Vista e o outro do Votocel pegaria Serrano, Itapeva, Votocel e aquela região toda. Não fui eu quem propagou, mas há certo tempo isso foi feito com certa ênfase, dizendo que Votorantim teria esgoto 100% tratado já entre os anos de 2008 ou 2009, creio eu. É difícil dizer sobre esse tratamento de 100%, pois são vários pontos e vários córregos que deságuam no rio Sorocaba, e não podemos falar em despoluição do rio se esses córregos também não forem despoluídos. Então nós temos um trabalho sim. Não sei até que ponto a negociação foi feita com essa empresa que vai administrar o sistema de água de esgoto da cidade, mas esse é um desafio, o de resolver o problema particularmente dos córregos que deságuam no rio Sorocaba. Em alguns pontos, ainda hoje, se constata o esgoto bruto nos córregos. Esse trabalho tem que ser resolvido, manter com frequência os emissários funcionando, pois é comum às vezes, como estão em fundos de vales, em períodos de chuva forte serem rompidos, levam algum tempo para ser consertados e acabam gerando essa poluição. Mas sem dúvidas é um grande desafio que vai ter que ser enfrentado, num primeiro momento junto com a empresa concessionária e num segundo momento, um desafio para a administração, que é buscar solução Acho que é nesse ponto em que encontraremos nosso primeiro problema, que será exatamente conseguir recursos para fazer esse trabalho que nós esperamos que se resolva em conjunto com a concessionária.
Nesse plano estabelecido, há o problema envolvendo aquela condenação sofrida por Votorantim por não ter tomado providências em relação a despoluição do rio, que ainda é uma pendência ativa e pode acarretar em uma execução. O que o sr. pretende fazer em relação a isso?
Acredito que não haverá essa execução. O que a curadoria do meio ambiente e a própria Justiça, de uma maneira geral queriam, eram as ações. E essas ações aconteceram. Elas aconteceram, num primeiro momento, em um planejamento definido do que seria feito na cidade, elas aconteceram nas ações práticas de contratos e convênios com o Grupo Votorantim para o início dos serviços, elas aconteceram na implantação dos emissários e e nos pontos de recalques e acontecem ainda hoje efetivamente no tratamento do esgoto. Portanto, acreditamos que esse é um assunto superado pois houve a condenação mas nunca houve uma cobrança, se alguém disser que pagou, nada disso. Sempre se negociou com o Ministério Público e as ações por si só eram acompanhadas pela própria Cetesb, por técnicos da promotoria pública, e eles foram entendendo que as ações estavam atendendo às determinações no Ministério. O que existe hoje, está localizado em alguns pontos. Nós temos distribuídos na cidade, algumas estações de tratamento primário, que são sistemas mais simples de tratamento onde o esgoto é coletado, passa por um processo de gradeamento e sofre um processo de purificação com cerca 90% das impurezas retidas antes de ser solto, e no contato com luz e ar, ele vai se purificando antes de chegar ao córrego, e posteriormente no rio. Acontece que nesse trajeto, às vezes existem algumas moradias que acabam liberando esgoto, e é nisso que precisamos trabalhar, com a implantação de emissários ou com a colocação de algum sistema de tratamento local que possa impedir que continue acontecendo isso. No geral, todo o esgoto que é captado já é tratado, ou pelo menos está sendo captado para isso, e o que tem são pontos localizados, setorizados que agora vão merecer uma atenção detalhada do poder público. Mas no que diz respeito à condenação, acho que não há mais nada que permita uma ação mais rigorosa do poder público, pois os sistemas de tratamento e coletores já estão em funcionamento.
Votorantim viu diminuir o número de indústrias nos últimos anos. O próprio Grupo Votorantim não tem o mesmo volume de investimentos que teve no passado na cidade. Como o sr. vai reverter essa situação e atrair mais investimentos industriais para a cidade?
Quando eu mencionei o replanejamento de Votorantim, nós entendemos exatamente a isso. Não se concebe que Votorantim, que tem originariamente seu nascimento vinculado à indústria, e que sempre teve esse reconhecimento a nível nacional como município industrializado viva esse momento, que eu não classificaria como de retração, mas que não tem acompanhado o que está acontecendo na nossa região. E não é Sorocaba, são inúmeras cidades nas imediações que sentimos que estão conseguindo se beneficiar do que vive Sorocaba e a nossa região hoje e Votorantim não. E isso porque nós realmente precisamos replanejar. Temos uma área enorme na região leste da cidade, que se nós conseguirmos implantar uma infraestrutura decente, não tenho nenhuma dúvida daquilo que falei, que passaremos a ser a primeira opção depois de Sorocaba. E para isso nós precisamos de vias de acesso, infraestrutura de uma forma geral de saneamento básico e tudo aquilo que necessita, que uma empresa precisa. Mas não há dúvidas de que daremos ao município uma dinâmica e perspectiva nova, e tenho certeza de que num futuro não muito distante, Votorantim será uma outra cidade.
Num primeiro momento, quais medidas efetivas o sr. pretende adotar para incentivar essas indústrias a se interessarem pelo município?
A indústria não vem por amor à cidade. Nenhum empreendimento, independentemente de ser indústria, comércio ou serviço, vêm por amor à cidade. Eles vêm atraídos por alguma coisa ou algum interesse que a cidade ou a região ofereça. Nós temos na região esses atrativos. Mas o que falta para Votorantim, é se preparar para isso. Se abrirmos uma via de acesso importante, firzermos uma ligação com a cidade e dotarmos essa região de todas as condições que uma empresa precisa, não há dúvidas de que nem precisaremos ir atrás, pois elas com certeza virão até nós, pois a Votorantim está mais próxima de todo o pólo de desenvolvimento de Sorocaba do que uma grande parte dos bairros de Sorocaba. É uma questão meramente de adequar a cidade a essa realidade. Claro que nós tivemos a necessidade durante algum tempo de implantar uma infraestrutura. Quando fui prefeito na minha primeira gestão, e Sorocaba conheceu esse surto de industrialização que mudou o futuro da cidade, eu me atrevi a correr atrás da indústria. Eu fui atrás da Toyota, fui atrás da Pirelli e outras empresas de renome, mas a minha cidade não tinha nada. Não tinha rua asfaltada, não tinha moradia, não tinha escola, não tinha plano de saúde nem nada que pudesse oferecer, mas eu fui atrás. Hoje nós temos uma infraestrutura que permite, o que está faltando é nos prepararmos, e é isso que eu cobro. Esse preparo está faltando e nós estamos priorizando como proposta de governo.
Votorantim não tem universidade pública, não tem escola técnica e tem uma demanda que precisa desse tipo de profissional. Quais são os seus projetos para essa área?
- Eu tenho nas minhas andanças por aí, lembrado principalmente as pessoas mais antigas, do que foi a Votorantim do passado. Possivelmente, os mais velhos informem que Votorantim levava Sorocaba e região para trabalhar. Nossa fábrica de tecidos chegou a empregar quase sete mil pessoas, a fábrica Votocel mais dois mil, Votoran, Metidieri, fábricas que naquela oportunidade levavam o pessoal da região para Votorantim. Hoje o processo é o inverso. Hoje uma grande parte dos nossos jovens, pais de família e mulheres que trabalham precisam se deslocar para Sorocaba. Durante algum tempo, teve em Sorocaba uma barreira que impedia o nosso desenvolvimento, pois como pólo de atração maior, convergia para Sorocaba tudo que dizia respeito à Votorantim. Hoje não. Hoje a conurbação é uma realidade. As coisas estão acontecendo em Sorocaba, atingindo diretamente Votorantim. É importante Votorantim ter uma universidade, é importante Votorantim ter uma escola técnica e todo esse aparato que é importante para o desenvolvimento, mas tem uma coisa. Nós temos esse benefício hoje, embora ele seja de Sorocaba, que serve a nossa cidade. Se surgir uma oportunidade, vamos batalhar para ter uma escola técnica. Se puder uma universidade, tudo bem. Mas nós não seríamos prejudicados em consequência disso porque a nossa proximidade com Sorocaba hoje é o grande fator que favorece o nosso desenvolvimento.
Votorantim também tem necessidades geradas no próprio município. Há luta por oportunidade de condições de formação de mão de obra também dentro do município, assim como a cidade já teve o Senai. Isso não se soma à necessidade atendimento à essa carência?
Sem dúvidas. Por que Sorocaba hoje tem três escolas Senai? Porque Sorocaba cresceu, Sorocaba se desenvolveu e provou que precisava delas. Nós também precisamos provar isso. O Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico (Fundeb) vai de creche a ensino médio profissionalizante. É possível obter apoio e recurso de nível estadual e federal para isso. Então nós vamos batalhar por isso. O que for possível implantar em Votorantim, nós vamos implantar. O que eu quero dizer é que a ausência disso neste momento não é fator decisivo para impedir que Votorantim consiga seu desenvolvimento. Ainda na nossa última gestão nós estivemos na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para tentar reverter aquela perda da nossa escola Senai que era tão tradicional e que de lá distribuiu tantos profissionais para Sorocaba, São Paulo, outras cidades e até para o Brasil. É importante que a gente tenha sim. É importante. E se hoje eu falo da proximidade de Sorocaba, e tudo que Sorocaba oferece, é porque não se pode ignorar essa realidade. Mas eu defendo que o meu filho sou eu quem tenho que criar. Então é claro que se nós tivermos opções e condições de obter escolas técnicas em Votorantim, vamos batalhar para termos essas opções e condições. E mais, de repente até outro município pode se beneficiar, assim como nós estamos nos beneficiando nesse momento. E vamos batalhar sim. Vamos batalhar porque hoje nós já temos uma escola técnica, temos um governador do nosso lado e que nós sabemos que estará com a gente e tem estado presente em Sorocaba. Acho que nunca um governador foi tão presente em Sorocaba como tem sido o Geraldo Alckmin. Então vamos sim batalhar para que Votorantim tenha essas condições de ter no seu próprio município a escola e tudo aquilo que nós entendemos que é importante para que a cidade possa se desenvolver. Mas de qualquer forma, Sorocaba hoje é o nosso grande apoio. Sorocaba hoje é o que nos dá essa condição de sonhar neste momento, mesmo não tendo ainda em Votorantim aquilo que a gente precisa. Eu acho que algumas outras coisas que fazem parte do que a gente pretende em Votorantim dentro desse contexto de desenvolvimento e nos preocupa é fazer uma integração da cidade como um todo. Nós temos hoje, bairros novos que surgiram em Votorantim, que se for perguntado ao cidadão, ele diz que mora em Sorocaba, pois ele não vive a vida de Votorantim. Nós temos o Novo Mundo e o Jardim Tatiana em que o cara vai primeiro em Sorocaba para depois voltar a Votorantim. São situações em que eu realço a necessidade de um novo planejamento para a cidade. O município cresceu, está hoje com 120 mil habitantes e poderá estar num futuro não muito distante, com 200 mil habitantes, desde que a gente desate os nós e supere os entraves que hoje eu entendo que são gargalos que restringem o nosso desenvolvimento, e diante de um planejamento novo mais aberto e com perspectivas de desenvolvimento bem sólido, sem concentração excessiva, sem supervalorização de áreas, mas com propostas novas e que a gente possa levar Votorantim a um progresso que todos nós almejamos.
* Assista o vídeo com a entrevista do candidato Erinaldo Alves da Silva (PSDB) no portal www.cruzeirodosul.inf.br, a partir das 12h de hoje