SOROCABA E REGIÃO

Rádio e jornal Ipanema recebem homenagens

A Câmara Municipal de Sorocaba promove, a partir das 19h30 de hoje, sessão solene em homenagem à rádio Ipanema (91,1 MHz), que comemora 25 anos, e ao jornal Ipanema, que completa 12 anos de existência. O autor da proposta é o vereador José Francisco Martinez (PSDB), presidente da Câmara de Sorocaba, que considera esses dois veículos de comunicação como de "grande relevância social porque são instrumentos de promoção da cidadania e da defesa permanente dos princípios democráticos". Como parte das comemorações, charges publicadas pelo jornal ficarão expostas por 15 dias no saguão da Câmara.

De acordo com Martinez, a informação é um patrimônio da cidadania: "Daí a importância de celebrarmos o aniversário desses dois veículos que, como os demais órgãos de imprensa da cidade, são fontes indispensáveis de educação do público e de vigilância do funcionamento das instituições da cidadania".
A rádio iniciou as transmissões em 15 de abril de 1988, quando Sorocaba comemorava 334 anos. E o jornal começou a circular em 21 de abril de 2001. "Ambos os veículos foram a realização de grande líder empresarial que muito fez pela cidade: doutor Benedicto Pagliato, cujo legado merece justa reverência. Hoje, a direção desses veículos e de outras empresas do grupo estão a cargo dos filhos, Francisco, Juliana e Cristiani, que os conduzem com muita competência", diz Martinez.
"É um momento importante para a rádio, são 25 anos. Aquela Sorocaba de 25 anos atrás era outra. A rádio surgiu no mesmo ano em que a televisão chegou à cidade. Por essa razão, o rádio passou, com o crescimento da cidade, a se segmentar. Trabalhamos com a marca Ipanema por 12 anos, depois migramos para a rede, ficando por 16 anos", lembra o empresário Francisco Pagliato Neto. Destacou que hoje o rádio vive outro momento, porém, que o DNA da rádio continua sendo a informação e o jornalismo. "Desde o princípio, fazemos jornal pela FM, o que não era comum naquele tempo. Hoje, o que difere o produto é o conteúdo, porque música é comodities", compara.
Pagliato Neto lembra também do dia em que comprou uma rotativa para começar a rodar o jornal Ipanema. "Eu tinha a ilusão de que o mais difícil era comprar a rotativa, mas ficamos cinco anos para fazer o Ipanema. Criamos uma cultura nova, um hábito, tendo o jornal só um dia por semana. Eram tantas mídias importantes na cidade, como o Cruzeiro, então, descobrimos um caminho diferente, que estava para o nosso tamanho, para o nosso capital, o nosso bolso. O jornal veio com essa proposta de uma leitura diferente, não factual, atemporal", comenta.
Para o empresário, os modelos de jornalismo não vão acabar, sempre vão existir o impresso, o rádio, a televisão, dividindo e multiplicando-se pela internet. "Hoje, temos a internet e concorremos com todo o planeta..., nossa grande motivação é o jornalismo, por isso acredito que todos continuarão existindo, sendo inclusive trabalhado pelas redes sociais", prevê.