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Kovalainen pega vaga de Raikkonen na Lotus nas duas últimas etapas


A Lotus confirmou oficialmente ontem que Heikki Kovalainen será o substituto de Kimi Raikkonen nas duas últimas etapas desta temporada da Fórmula 1. O finlandês irá ocupar o lugar do seu compatriota nos GPs dos Estados Unidos e do Brasil, começando já pelos treinos livres de hoje, no circuito na cidade norte-americana de Austin -- no fim de semana seguinte acontece a corrida brasileira, em Interlagos, em São Paulo.
 
Em terceiro lugar no campeonato -- o título já é do alemão Sebastian Vettel, da Red Bull --, Raikkonen não disputará as duas últimas etapas da temporada por causa de uma cirurgia nas costas. Assim, a sua despedida da Lotus aconteceu no GP de Abu Dabi, realizado no dia 3 de novembro, pois está contratado para defender a Ferrari a partir do ano que vem.
 
Kovalainen não foi a primeira opção da Lotus para a vaga de Raikkonen nas duas últimas etapas da temporada. A equipe chegou a fazer o convite para o alemão Michael Schumacher, dono de sete títulos da Fórmula 1. Mas o ex-piloto de 44 anos, que se aposentou no final do ano passado, recusou a proposta. Assim, a solução foi pelo finlandês.
 
Veterano de 109 corridas disputadas na Fórmula 1 -- esteve na Renault e McLaren --, Kovalainen está com 32 anos e vinha desempenhando a função de piloto de testes da Caterham, equipe em que foi titular na temporada passada. Seu melhor resultado na categoria foi a vitória no GP da Hungria de 2008. Agora, tem uma nova chance de mostrar seu valor na pista.
 
"É uma oportunidade fantástica me juntar à Lotus para as duas últimas corridas de 2013. Nós já vimos este ano que o E21 é um carro que pode vencer corridas e terminar no pódio, por isso vou fazer de tudo para obter os melhores resultados possíveis. Saltar dentro de um carro tão tarde no ano, quando você não competiu em todas as provas da temporada, será um desafio, mas conheço a equipe bem e não tenho preocupações sobre dirigir em alta velocidade", disse Kovalainen.
 
Eric Boullier, chefe da Lotus, justificou ontem a escolha do substituto de Raikkonen dizendo que Kovalainen foi uma opção que priorizou a experiência do piloto como trunfo na briga para melhorar a posição da equipe no Mundial de Construtores. A escuderia ocupa hoje a quarta posição desta disputa, com 297 pontos, e matematicamente ainda pode alcançar Mercedes e Ferrari, que têm respectivamente 334 e 323. Com 513 pontos, a Red Bull já se sagrou campeã com sobras.
 
"Foi decidido que a experiência de Heikki poderia trazer para a equipe algo que seria inestimável, pois queremos terminar o ano na melhor posição possível. Devemos agradecer a Tony Fernandes e Caterham pela sua conduta profissional ao permitir que Heikki se junte a nós para as corridas finais desta temporada", destacou Eric Boullier.