No ar em "Malhação", Elam Lima conta que sonhava em ser médico
A tranquila vida em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, permitiu que Elam Lima tivesse muitos sonhos desde cedo. Apesar de fazer campanhas publicitárias desde os três anos de idade, o intérprete do professor Fábio, de Malhação, nunca imaginou seguir a carreira artística. Um dos planos do ator e que perdurou por mais tempo foi o de ser médico. "Tive uma vida ativa no teatro da escola, participava de festivais de canto... Mas meu sonho mesmo era ser doutor", relembra, aos risos. No entanto, a influência da também atriz Elaine Mickely, irmã de Elam, acabou traçando para ele um caminho distante das ciências biomédicas e pautado na arte. Desde que decidiu ser ator, passeou pelo teatro, fez figuração na tevê e acabou chegando ao SBT onde fez as novelas Vende-se um véu de noiva e Uma rosa com amor. Algumas participações mais tarde e Elam foi convidado para viver o jovem professor de Educação Física na trama de Ana Maria e Patrícia Moretztsohn. "Acho que esse personagem chegou na hora certa. Estava pronto e maduro para ele", valoriza.
Na preparação para viver Fábio, Elam incorporou muitos componentes da sua vida. "Sempre fiz muitos esportes. Era capitão do time de vôlei do colégio, fiz capoeira, natação... Então, esse universo sempre fez parte do meu cotidiano", explica. Além disso, Fábio funciona como uma espécie de conselheiro dos alunos. "Ele vê aqueles adolescentes fazendo tudo errado, usando anabolizantes. E aí tenta mudar a cabeça deles, levá-los para o lado saudável do esporte", conta. Mas não é só com os alunos que Fábio vai mexer. "Em breve, ele vai ter um caso com a orientadora pedagógica, a Raíssa", adianta, citando a personagem de Larissa Bracher.
Nome: Elanilson Mauriley Pipino da Cunha Lima.
Nascimento: Em 31 de março de 1983, em Presidente Venceslau, interior de São Paulo.
O primeiro trabalho na tevê: Como o Fabrício, em Vende-se um véu de noiva, novela exibida pelo SBT em 2009.
Sua atuação inesquecível: "Gosto muito de rememorar o Boca de Ouro, na peça de mesmo nome. É um personagem que me marcou muito, pois foi um desafio grande e uma virada em minha carreira".
Momento marcante na carreira: "Quando soube que ia entrar para o elenco da atual fase de Malhação".
A que gosta de assistir na tevê: "Algumas novelas, jornais, programas de entrevista e séries".
O que falta na tevê: "Criatividade, inovação, renovação e ousadia. A tevê precisa atualizar seus formatos urgentemente".
O que sobra na tevê: "Programas sensacionalistas e mesmice em novelas".
Ator: Tony Ramos.
Atriz: Lília Cabral.
Humorista: Chico Anysio.
Novela preferida: Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro, exibida pela Globo em 2012.
Papel com mais retorno do público: O Fábio de Malhação.
Que papel gostaria de representar: "Os mais variados possíveis. Mas um vilão é sempre um sonho".
Com quem gostaria de contracenar: "São tantos... Laura Cardoso, Tony Ramos, Adriana Esteves, Javier Barden, Al Pacino..." (risos).
Filme: Laranja mecânica, clássico britânico baseado na obra homônima de Anthony Burgess, dirigido por Stanley Kubrick.
Livro de cabeceira: O poder do agora, de Eckhart Tolle.
Vexame: "Em Auto da barca do inferno, de Gil Vicente minha primeira peça , no meio de um curto monólogo, tudo se apagou. Por um segundo, não soube onde estava e o que estava fazendo. Quando voltei, muito sem graça, pedi desculpas e continuei. Momento inesquecível que dá vontade de esquecer" (risos).
Medo: "De ficar muito medroso".
Projeto: "Estou terminando de escrever um curta metragem que quero dirigir. Mas o mais intenso, presente e importante é o de ser pai. Minha mulher está grávida e estou curtindo muito este momento".
Malhação, Globo, segunda a sexta, às 17h50