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Sabrina Greve comemora participar, pela primeira vez, de todo o processo de uma novela





Aos 35 anos de idade, com uma extensa carreira no teatro paulista, Sabrina Greve ainda encontra espaços para se surpreender profissionalmente. Na pele da dúbia Angelique, em Além do horizonte, a atriz experimenta, pela primeira vez, participar de uma novela do início ao fim. "Agora que sei como é estar realmente em uma novela, estou com muita vontade de priorizar a tevê", garante, animada. Longe do veículo desde Caminhos do coração, exibida pela Record em 2007, Sabrina foi convidada por Jayme Monjardim para fazer um teste para Em família, novela das nove dirigida por ele. "Não tinha nem personagem estabelecido. Era só uma chamada de casting", revela, ressaltando que já havia trabalhado com o diretor em A casa das sete mulheres, série de 2003. Porém, ao ver o teste, o produtor de elenco Luciano Rabelo puxou a atriz para a atual novela das sete. "Ele estava procurando uma mulher com o mesmo perfil que eu. Mesma idade, com uma possibilidade de ser estrangeira", revela.
Quando recebeu o convite, Sabrina ainda tinha poucas pistas sobre a função que Angelique iria desempenhar na trama de Carlos Gregório e Marcos Bernstein. "Por ela estar inserida no núcleo na Comunidade, era tudo muito misterioso no início", relembra. Aos poucos e junto com os demais atores, ela foi descobrindo para quais caminhos sua personagem a levaria. E durante o decorrer da novela, Angelique foi ganhando mais destaque. "Era para ser só uma cientista, uma pegadora. Depois virei amiga da Tereza, depois passei a ser inimiga... E o misterioso foi virando algo natural para a gente", define, citando a personagem de Carolina Ferraz.
As constantes reviravoltas e novos rumos de Angelique foram criados em meio a muitas outras transformações enfrentadas em Além do horizonte. O roteiro diferenciado, que prezava pelo mistério, não foi bem aceito pelos telespectadores, que começaram a deixar de lado o folhetim e fizeram com que ele tivesse recordes negativos de audiência. "Tinha na cabeça que estar de cabo a rabo em uma trama aberta ia me fazer experimentar essas sensações todas de mudança", afirma. No entanto, para ela, tudo é visto com bons olhos. "Era um projeto ousado, de risco. Todos sabiam disso e estávamos preparados. Achei que o processo todo acabou soando natural", defende.
Nascida em Limeira, em São Paulo, Sabrina precisou passar por quatro faculdades até conseguir um diploma. As mudanças, no entanto, não foram por displicência. Pelo contrário. Por sempre se envolver em peças, filmes e projetos na tevê, ela nunca teve tempo de priorizar o estudo. "Fiz Comunicação Social, Letras, Direito... E, em 2010, consegui me formar em Cinema", comemora, aos risos. Para isso, ela teve de recusar propostas durante quatro anos e focar somente em produções teatrais em São Paulo, onde era localizada a Faap, faculdade que cursava.
Logo depois que se formou, a atriz ganhou um edital para produzir um telefilme para a TV Cultura. Foi em Irina que a paixão pela direção cresceu e passou a ser mais uma opção no leque de Sabrina. "Fiz faculdade porque já me encantava pela direção. E eu sou muito CDF. Tenho de estudar muito antes de fazer alguma coisa", reflete. Apesar de ter vontade de seguir atrás das câmaras, ela garante que os projetos para este ano são todos na frente delas. "Com o fim da novela, vou para o Ceará durante dois meses para rodar um longa chamado Clarisse ou alguma coisa sobre nós, do Petros Cariry", adianta. Os planos, no entanto, não param por aí. "Só este ano tenho mais três peças engatilhadas", comemora.

Além do horizonte, Globo, segunda a sexta, às 19h20