Bruno Silva e Wellington, do Audax, são de Sorocaba

 
 
César Santana 
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Eric Mantuan
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Desembarcar em Sorocaba pode até ser novidade para a maior parte do elenco do Audax, que respira diariamente os ares de Osasco, mas para pelo menos dois atletas, os caminhos que trazem à cidade já são mais do que conhecidos. Naturais de Sorocaba e Boituva, o zagueiro Bruno Silva e o atacante Wellington, respectivamente, puderam relembrar memórias na região de origem nas últimas semanas. E mais: estiveram de volta ao Centro de Treinamento do clube de origem de ambos, o Atlético Sorocaba, onde o Audax conclui a preparação para a final do Paulistão 2016, diante do Santos.
 
Aos 28 anos, titular absoluto da zaga da equipe de Osasco, Bruno Silva curte o momento do qual revela jamais ter imaginado participar. "Todo jogador sonha com títulos, mas nunca imaginei chegar numa final de Campeonato Paulista", admite. O defensor deixou as categorias de base do Galo em 2002 rumo ao São Paulo, por onde se profissionalizou e permaneceu por anos. Fora do Tricolor, rodou por outros clubes (teve até uma experiência no futebol do Azerbaijão) antes de chegar ao Audax que, por ironia do destino, o trouxe de volta para o lar. "Aqui é minha casa, onde nasci e moro. Saí muito novo, é verdade, mas é bom estar de volta."
 
Confiante numa vitória amanhã, Bruno reconhece que apesar de estar "em casa", não pôde aproveitar para rever amigos ou sequer almoçar com dona Solange às vésperas do Dia das Mães: o momento é de concentração total. "Mas no domingo vou trazer o título para ela", promete.
 
 
De coração
 
 
Tendo adotado Sorocaba como morada no primeiro ano de idade, ao deixar Boituva, Wellington já se considera um sorocabano de coração. Morador do Itanguá, que fica a poucos quilômetros da Fazenda Ipê, ele deixa transparecer a satisfação de poder voltar triunfante ao local onde começou a trilhar a carreira no futebol. "A gente sempre imagina muita coisa no início da carreira, mas não caiu a ficha ainda que estamos numa final do Paulistão", reconhece o atacante de 22 anos, que passou pela Francana antes de chegar ao time de Osasco.
 
Wellington agradece o carinho dos atleticanos que têm apoiado o Audax nesta reta final do estadual, seja pela identificação com o técnico Fernando Diniz ou pelo uso das instalações para treinamentos. E vê a estratégia de levar o time para um CT da Copa do Mundo como um dos fatores de sucesso da equipe no gramado. "Dos times pequenos, poucos tem condição de fazer uma pré ou uma intertemporada. Agora vamos para o jogo e sabemos da dificuldade, mas não podemos fugir do nosso estilo. Se Deus quiser seremos coroados com o título", torce ele.