Citroen C3 Pure Tech mostra sofisticação
A busca por motores mais econômicos e com baixa emissão de poluentes está na ordem do dia em todo o mundo. Diminuir o tamanho dos propulsores e torná-los mais eficientes passou a ser o grande desafio da indústria automobilística mundial. Para colocar seus produtos na vanguarda dessa batalha, o Grupo PSA desenvolveu o motor de três cilindros 1.2 PureTech para instalá-lo nos modelos das duas marcas que administra, a Peugeot e Citroën. No Brasil, a primeira marca a adotar o novo motor foi a Peugeot que o colocou no seu carro compacto 208. Na sequência veio a Citroën, que o introduziu na linha C3. O novo motor substitui o antigo 1.5 litro, quatro cilindros e oito válvulas que equipava ambos os modelos nas suas versões de entrada. Para o Brasil, a PSA introduziu a tecnologia flex no propulsor, para que possa rodar também com combustível de origem vegetal.
O 1.2 PureTech é resultado de um trabalho caprichado da engenharia francesa e se tornou possivelmente o mais econômico à disposição no País. No carro compacto da Citroën, a mudança de motor vale para as versões Origine, Attraction e Tendance equipadas com transmissão manual de cinco marchas. As versões Tendance e Exclusive com transmissão automática permanecem disponíveis com o motor 1.6 litro de 16 válvulas. O motor ganhou soluções diferenciadas para atender os objetivos de economia e baixa emissão, como duplo comando com variação do tempo de abertura das válvulas, partida a frio com pré-aquecimento no injetor de combustível (abolindo o tanquinho de gasolina para partidas em dias frios), coletor de escapamento integrado ao cabeçote e sistema de arrefecimento com temperaturas separadas para bloco e cabeçote. As mudanças resultaram em um propulsor com até 84 cv de potência abastecido com gasolina e 90 cv com etanol, com torque de 12,2/13 kgfm.
O objetivo de produzir um motor econômico e eficiente foi alcançado. De acordo com os padrões do InMetro, o carro percorre 14,8 quilômetros com gasolina e 10,6 com etanol no ciclo urbano. Na estrada o veículo roda 16,6 quilômetros com um litro de gasolina e 11,3 com etanol. É uma evolução e tanto se compararmos com o motor anterior que já era razoavelmente econômico e um pouco mais potente. Com o antigo propulsor, o C3 fazia 11,9/7,5 km/l no circulando na cidade e 14,7/9,3 km/l na rodovia, com gasolina e etanol no tanque. O resultado das aferições colocou o C3 no topo dos carros mais econômicos do país. Ele ganhou a classificação "AAA" no programa Etiqueta Nacional de Conservação de Energia ao receber nota máxima nas três categorias Compacto, Geral e Emissões.
Se as mudanças foram revolucionárias sob o capô, nada mudou no design externo do modelo, que continua dosando charme e ousadia, com seu grande para-brisa. A Citroën colocou apenas um discreto logotipo na tampa traseira com a inscrição PureTech. Em termos de conectividade, o carro tem um sistema de entretenimento com tela sensível ao toque de 7 polegadas. Esse dispositivo espelha a tela dos celulares conectados pelas plataformas Car Play, para Apple, e Mirror Link, para Android. O sistema tem ainda um aplicativo (My Citroën), que transmite ao celular informações de interesse do motorista, como localização, consumo, próxima revisão e consumo de combustível.
As três versões do Citroën C3 com o novo motor ficaram mais caras que as anteriores equipadas com o motor antigo. O C3 Origine 1.2 foi lançado por R$ 46.490, a versão Attraction por R$ 49.990 e a Tendance, R$ 52.690, todas como modelo 2017.