SOROCABA E REGIÃO

Sepulturas são furtadas no Cemitério da Saudade



Ladrões furtaram 15 sepulturas do Cemitério da Saudade, na Vila Santana, levando várias peças em bronze e letras de manuscritos. O crime foi descoberto na manhã de quinta-feira, quando funcionários perceberam os danos. A administração registrou o caso como furto qualificado junto à Guarda Civil Municipal (GCM), e está avisando os concessionários para verificarem as sepulturas e fazerem boletim de ocorrência. Em julho de 2016, duas limpadoras autônomas foram autuadas por receptação quando mais de 300 peças de bronze e alumínio foram apreendidas em poder das duas.
A sepultura da família do aposentado Ademir Stanger foi um dos alvos dos ladrões. Segundo ele foram levados um crucifixo de meio metro de bronze, os frisos (aros) das fotos do seu irmão, de sua mãe e de sua madrasta, quebrando ainda uma foto grande. Ele calcula um prejuízo de R$ 2 mil.
Chateado com o ocorrido, Ademir Pires Stanger disse que nem sabe se vai repor as peças subtraídas, mas que se o fizer, que não será mais em bronze. A sua insatisfação também se dava pelo fato de que o dia das mães está próximo, e a foto dela não está mais no jazigo. Ele iria registrar a ocorrência de furto.
Dessa vez, a maior parte das peças levadas foram mesmo placas, cruzes, e até mesmo uma imagem da Sagrada Família. Ao todo, além das letras, foram subtraídos cinco aros de foto, quatro imagens de Cristo/crucifixo, e um santo, conforme está especificado na ocorrência. Um funcionário do cemitério, que pediu para não ser identificado, não descartava a possibilidade de mais sepulturas terem sido furtadas.
Em nota, a Prefeitura respondeu que a Guarda Civil Municipal realiza patrulhamentos preventivos constantes pelos cemitérios municipais e atende a toda e qualquer denúncia ou reivindicação que venha por meio do telefone 153. Acrescentou também que atualmente não existe sistema de videomonitoramento para os cemitérios, mas que a "implantação seria um ganho a mais para aumentar a segurança não só em cemitérios, mas em qualquer próprio público".
Em julho de 2016, mais de 300 peças de bronze e alumínio, entre crucifixos, placas e até puxadores de sepulturas foram apreendidos no Cemitério da Saudade, durante a checagem de uma denúncia pela Guarda Civil Municipal (GCM). Duas mulheres que trabalhavam no local como limpadoras autônomas, foram detidas e responderam por receptação. Ontem, o chefe do cartório da 3ª Vara Criminal, Marcos Massuia, informou que foi proposto, pelo Ministério Público, a suspensão condicional do processo por dois anos, e caso cumpram todas as determinações, ao fim desse prazo o processo será extinto.