Antes que me esqueça

A magia do número oito


Em 1818, D. João VI, rei de Portugal, Brasil e Algarves, sentiu necessidade de uma colonização mais planejada e negociou com o agente Sebastien-Nicolas Gachet, do cantão de Friburg, a vinda das famílias.

Autorizada por decreto real de 16 de maio de 1818, elas se estabeleceram na Fazenda do Morro Queimado, no Distrito de Cantagalo, área de clima e características naturais parecidas com a terra natal". (Gilberto de Menezes Côrtes – Jornal do Brasil, 16-05-18).

Hoje, Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro tem mais de 185 mil habitantes e cerca de dez mil são descendentes de suíços.

O embaixador Rubens Ricupero, no seu monumental livro – "A diplomacia na Construção do Brasil – 1750 – 2016" atribui a D. Pedro I o início da nacionalidade. Nos últimos 200 anos o Brasil tornou-se uma potência agrícola e a Suíça uma grande parceira na industrialização de nosso país.

Tive oportunidade de conhecer algumas cidades como Genebra, Zurich e Baden, esta uma cidadezinha, perto da floresta negra e nela ficava a sede da Brown Boveri, empresa que forneceu grande parte das máquinas que tornaram a Itaipu Binacional a maior produtora de energia elétrica do planeta.

No livro "Chimarrão e Café – história e crônicas" de Pedro Paulo de Salles Oliveira, encontrei este trecho: "A usina de Itaipu, no Rio Paraná, era um projeto fantástico, tão grande, que havia os que não acreditavam na sua realização".

Recordo esses eventos neste 2018, ano emblemático. Com esse número oito ainda vamos recordar inúmeros acontecimentos aqui e alhures. Eu mesmo nasci em ano terminado em oito.